Os senadores Eduardo Girão, Izalci Lucas e Marcos do Val assinaram requerimentos pela oitiva de coronel da PM / Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Na próxima terça-feira (29), a CPMI dos Atos Antidemocráticos ouve o coronel Fábio Augusto Vieira, que comandava a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) no dia dos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de Janeiro. O depoimento está marcado para as 9h no Plenário do Senado Federal.

O depoimento do militar atende a sete requerimentos de convocação. Três pedidos são assinados pelos senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Marcos do Val (Podemos-ES) e Izalci Lucas (PSDB-DF).

No dia 18 de agosto, o ex-comandante e outros seis oficiais foram presos por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Segundo a Procuradoria-Geral da República, a cúpula da PMDF foi omissa e deixou de agir para impedir os ataques. O coronel Fábio Augusto já havia sido preso em janeiro, dias após as invasões.

Para Eduardo Girão, a PMDF sofreu “um apagão de coordenação e comando” no dia 8 de janeiro.

 “Como comandante e com acesso diário aos relatórios de inteligência, (o coronel Fábio Augusto) tinha conhecimento que as manifestações eram fatos portadores de preocupação a exigir medidas preventivas efetivas, o que de fato não ocorreu dado o despreparo da PMDF e a total falta de coordenação”, argumenta Girão.

O senador Izalci Lucas destacou que, segundo o ministro Alexandre de Moraes, “o coronel (Fábio Augusto) perdeu a capacidade de liderar seus comandados diretos, uma vez que suas solicitações por reforço não foram consideradas nem atendidas prontamente”.

Para Marcos do Val, o comando do militar “foi falho”, o que “permitiu que os manifestantes rompessem as linhas de controle estabelecidas e invadissem e depredassem as sedes do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e da Presidência da República”, justificou.

Fonte: Agência Senado