Chefe do Executivo estadual Elmano de Freitas ao lado do novo reitor da UFC Cústodio Almeida e do ministro Camilo Santana. Foto: Reprodução/ Zé Rosa/ Carlos Gibaja

Na fim da tarde da última sexta-feira (25) aconteceu a posse do novo reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Cústodio Almeida na Concha Acústica. A cerimônia contou com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana, do governador do Ceará, Elmano de Freitas, da ex-governadora Izolda Cela, de deputados e outros correligionários, além de grande parcela da comunidade acadêmica.

Nomeado para o cargo no último dia 3 de agosto pelo ministro Camilo Santana e pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Custódio nesta semana passada começou o mandato à frente da Instituição para o período de 2023 a 2027. Ele já era o favorito dos acadêmicos desde o ano de 2019, enquanto ocupava cargo de vice-reitor, oportunidade essa em que recebeu 7.772 votos para se tornar reitor durante o quadriênio 2019-2023. Porém seu nome não foi deferido pelo então presidente Jair Messias Bolsonaro. O escolhido foi Cândido Albuquerque, ainda que tivesse ficado na terceira colocação.

Camilo durante seu discurso fez questão de relembrar seu tempo como estudante de agronomia na universidade e ressaltou que foi naquele espaço onde começou a realizar suas primeiras manifestações políticas, assumindo a liderança do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e do Centro Acadêmico Dias da Rocha.

O atual ministro da educação, ao enaltecer a imagem de Cústodio Almeida durante a posse destacou as injustiças, denominada por ele, acometidas à Cústodio por não ter liderado a UFC nos últimos quatro anos. Ao relembrar a escolha do ex-presidente Bolsonaro, por não respeitar a lista tríplice e colocar um nome para dirigir a faculdade que não estivesse a preferência do corpo discente, Camilo Santana se exaltou e disse que vai trabalhar para acabar com a lista tríplice. Vale destacar, que durante as eleições para um novo reitor, o nome melhor colocado durante a votação da lista tríplice deve ser então aprovado pelo presidente da República e pelo ministro da educação vigente.

O cearense justificou seu posicionamento com base na atitude de Bolsonaro, alegando que é para não ocorrer o que aconteceu com o novo reitor. Ele classificou a posse de Cústodio como um retorno ao cargo merecido. ”Já disse ao nosso magnífico reitor nós vamos trabalhar para acabar com as listas tríplices das universidades federais do país, para que nunca mais aconteça o que aconteceu com o nosso querido reitor e hoje devolvemos a ele com justa causa o retorno ao cargo merecido”, finalizou o Camilo.

Se Camilo Santana realmente decidir pôr um fim a lista tríplice a possibilidade da comunidade acadêmica escolher um dirigente da sua preferência vai acabar definitivamente.

Confira trecho da fala do ministro da Educação: