Pronunciamento do vereador gerou críticas de governistas, que apontaram feitos da gestão Sarto. Foto: CMFor

Um dos principais nomes da oposição ao Governo Sarto na Câmara Municipal de Fortaleza, o vereador Léo Couto (PSB) fez uma comparação da avaliação do gestor à Frente da Prefeitura com as administrações de Roberto Cláudio e Luizianne Lins. Ele apontou os números negativos e foi contestado por vereadores da base governista, que buscou mostrar os feitos do Executivo da Capital cearense.

Segundo levantamento feito pelo vereador, Sarto partiu de uma avaliação ótima e boa de 24% no início de seu mandato para 16% no início de junho de 2023. Já na amostragem de ruim e péssimo, ele foi de 30% para 39%, em dois anos.

“Na mesma época, o prefeito Roberto Cláudio, o maior gestor dessa cidade, estava com 23% de ruim ou péssimo. Vamos mais atrás, da prefeita Luizianne, na mesma época, estava com mesmo 23%. O que é isso? 39% de rejeição é apenas o reflexo de uma das piores gestões que Fortaleza já teve”, apontou.

Segundo ele, o prefeito Sarto precisa apresentar uma marca emblemática de sua gestão, o que ainda não foi feito. Logo após as falas de Couto, aparentemente, desprevenido, o líder do Governo Carlos Mesquita (PDT), questionou em que Município o pessebista estaria morando e apontou que Fortaleza é o principal destino de turistas brasileiros, além de ter quase metade das empresas que pretendem se estabelecer no Estado.

Ainda de acordo com ele, o opositor estaria com “dor de cotovelo”, visto que a gestão estaria entregando as obras. Na avaliação de Mesquita, as obras feitas pelo ex-prefeito Roberto Cláudio estão sendo continuadas por Sarto. PPCell (PSD) foi na mesma linha do líder do Governo e apontou que Fortaleza tem a melhor educação do país, o maior PIB do Nordeste e tem gerado mais empregos. “Quero saber até quando a oposição desta Casa vai viver de narrativas?”, questonou.

Vice-líder do Governo, Did Mangueira (PDT) questionou a mudança de lado de Léo Couto, que era da base de Sarto e se alinhou com a oposição. Na opinião dele, isso aconteceu por uma “fissura” entre lideranças políticas. Léo, por outro lado, fez um histórico apontando perseguições desde quando resolveu apoiar Camilo Santana e Elmano de Freitas nas eleições de 2022, passando pelo embate pela presidência da Câmara até a votação de matérias polêmicas, como a taxa do lixo.

Para Lúcio Bruno (PDT), a avaliação de uma gestão “é difícil, mas é preciso mostrar a verdade”. E  a “verdade”, na opinião dele são as obras que estão sendo tocadas pela gestão Sarto, principalmente, na periferia. O pedetista, que chegou a dizer que toda a cidade virou uma Aldeota, disse que foi mal interpretado, destacando que sua intenção era dizer que as obras estão transformando a vida de vários moradores da Capital cearense.

Cidade

“Se a avaliação não está boa, tem que procurar saber o que é. Não podemos é dizer que o prefeito não está trabalhando. Não pode dizer que o Roberto Cláudio só fez obras na Aldeota, temos que trazer a verdade”, pontuou Bruno.

Léo Couto defendeu que Sarto esteja mais nas ruas, ao lado da população e apontou outros problemas da cidade como praças abandonadas, emergências fechadas e buracos em todas as vias. Já Júlio Brizzi (PDT) destacou ser importante o debate da gestão, não somente para elogiar ou defender. “Tentar entender a crítica para melhorar. A atual gestão não ouve nem os próprios vereadores da base”.