Leonardo Pinheiro disse que a população aceita o atual prefeito. Osmar Baquit, por outro lado, chamou o gestor de “bandido”. Foto: Reprodução/Youtube

Em ano pré-eleitoral é comum que os ânimos entre os parlamentares comecem a ficar exaltados por conta de disputas regionais e não tem sido diferente neste início de 2023. Durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (30), os deputados Osmar Baquit (PDT) e Leonardo Pinheiro (PP) entraram em conflito por conta da gestão do prefeito de Morada Nova Wanderley Nogueira.

Osmar Baquit voltou a chamar o chefe do Executivo Municipal de “corrupto” e apontou ações da Justiça contra o prefeito. Ele estava respondendo à argumentação feita por Leonardo Pinheiro, que anteriormente fez defesa de Wanderley. Para o pedetista, o prefeito é responsável por irregularidades em obras inacabadas e superfaturadas na cidade, o que seria resultado de suposto desvio de recursos por parte da gestão municipal.

“Quero deixar claro aqui que não me refiro a uma só denúncia, falo da primeira, onde os bens do prefeito foram bloqueados. Na segunda denúncia, ele já é reincidente. E não sou eu que falo, é a Justiça local. O Ministério Público. Foi dito que foi feita uma estrada, não tinha placa e não levava a lugar algum. O prefeito apareceu no fantástico não por ser ator de novela ou jogador destaque em uma partida”, disse.

Em resposta à nota lida por Pinheiro, Baquit disse que o prefeito tem que se desculpar com a população. “Entendo que o deputado Leonardo, como aliado do prefeito, traga seu apoio. Mas boa gestão não é atestado de honestidade. E todos sabem que se o Camilo Santana não tivesse levado grandes obras, Morada Nova seria um total desastre”.

“Bandido”

Para Leonardo há uma medida cautelar, não um processo e que a tribuna não é o local adequado para discutir processos jurídicos municipais. “É claro que aqui é um lugar para debater sobre os municípios, mas não acho que questões jurídicas devem ser trazidas aqui. Nós estamos apequenando este plenário, diminuindo”. 

Baquit, por outro lado disse que estaria apequenando o Plenário 13 de Maio se estivesse “defendendo bandido”. “Deputado, apequenar se eu viesse defender bandido, um corrupto, se eu viesse dizer que a Procap tivesse bloqueado os bens do prefeito de maneira injusta. Eu estaria me apequenando, Me apequenar é se eu ficasse calado diante de corrupto. Aqui é aberto e temos direito de discutir o que quisermos. Os bens do prefeito estão bloqueados, tem pedido de afastamento dele”.