wilson ibiapina

Faleceu ontem (9), em Brasília, aos 80 anos, o jornalista Wilson Ibiapina / Foto: Reprodução Internet

O Plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará realizou, durante a sessão plenária desta quarta-feira (10/05), minuto de silêncio em respeito ao falecimento do jornalista Wilson Ibiapina, atendendo a solicitação do deputado João Jaime (Progressistas).

Wilson Ibiapina nasceu em Ibiapina, no Ceará, em 1943, e foi o primeiro repórter da TV Globo Brasília, nos anos 1970. Entre as coberturas históricas, Ibiapina acompanhou o sepultamento do ex-presidente Juscelino Kubitschek, em 1976, além da escolha de papas e eleições presidenciais em várias partes do mundo.

O jornalista estava internado há cerca de 20 dias no Hospital Santa Lúcia, na Capital federal. Conforme a família, ele morreu após “falência múltipla de órgãos”, na noite da última quarta-feira (9). Para João Jaime, Ibiapina “foi um dos maiores comunicadores do Brasil, e um grande representante do nosso Estado”.

Outros amigos cearenses também prestaram homenagens póstumas à Ibiapina. Ele tinha muitos amigos no Ceará. Todos os anos, em mais de uma oportunidade as vezes, ele vinha ao Ceará e não dava conta dos encontros programados pelos amigos que eram muitos. Os seus últimos trabalhos como jornalista foram emprestados ao Sistema Verdes Mares, ainda quando existia o jornal Diário do Nordeste.

Minuto de silêncio na Assembleia Legislativa cearense em virtude da morte do jornalista Wilson Ibiapina / Foto: Junior Pio

O amigo João Soares Neto, escreveu:

Wilson Ibiapina

O moço de Ibiapina nasceu homenageando a sua cidade com o sobrenome.
Seu pai quis dar-lhe um prenome estrangeiro e lá se foi de Wilson. Andou, a partir de sua terra, chegando na planície de Fortaleza ainda estudante. Fez faculdade, granjeou amigos, virou jornalista e foi polindo o seu caminho. Daqui para o Rio, daí pelo mundo afora, como globetrotter de microfone, câmera, máquina de escrever/computador e uma rede de contatos.
Jornalista ímpar. Ajudou a Globo a ser mais do que era. Trouxe-a para o planalto central e a consolidou. Ali viveu.
Dos três poderes sabia tudo e via os seus integrantes como fontes e, alguns, como amigos.
Assentou-se nessa terra imaginária de Dom Bosco para ser bom marido, pai e avô, fazendo e acontecendo na magia da comunicação.
Com todas as mudanças que a Internet propiciou.
Era completo. Sabia e fazia jornalismo em seus múltiplos veículos.
Por outro lado, não largou o umbigo do Ceará e do Sistema Verdes Mares e, em especial, da Verdinha, ao dealbar das manhãs.
Nas anuais solenidades da Sereia de Ouro, trazia autoridades, revia amigos e colegas.
Foi um dos esteios da expansão da rede Verdes Mares e da discreta e eficaz cobertura ao grupo Edson Queiroz, quando necessário, pois conhecia todos os palácios e os seus mutantes “donos”.
Muitas homenagens recebeu, por justiça, ao completar, em fevereiro, um ciclo de 16 lustros, com a curiosidade e a energia de um foca.
Somos seres finitos.
Ontem, 09 de maio, resolveu sair do nosso convívio e fazer reportagens no além. Deus o abençoe.

Com a amizade e o respeito a todos os seus descendentes.

João Soares Neto