Léo Couto voltou a citar perseguições e retaliações por parte da gestão / Foto: CMFor

Diante a análise dos 100 dias do Governo Elmano de Freitas, que gerou pronunciamentos tanto na Assembleia Legislativa quanto na Câmara Municipal, o vereador Léo Couto (PSB) fez um levantamento dos 830 dias da gestão Sarto e questionou o legado que será deixado pelo prefeito para a cidade de Fortaleza. Opositor, o parlamentar citou pontos negativos do Governo, como a implantação da taxa do lixo, reajuste da zona azul, aumento da tarifa de ônibus, buracos nas vias e crise na saúde.

“Foi falado da questão dos 100 dias do governador Elmano e eu queria pegar os 830 dias da gestão Sarto. E aí eu fico pensando quais foram as obras emblemáticas do prefeito Sarto. Tudo o que estou vendo, todas as obras são andamento das obras do prefeito Roberto Cláudio”, iniciou Couto.

“Alguma obra do Sarto? Qual é a marca que o prefeito Sarto vai deixar? É a taxa do lixo? São os buracos da nossa cidade? Cadê os 100 dias do tapa-buracos? Tudo é narrativa. Às vezes 100 dias é pouco, às vezes é muito. Será que é esse empréstimo, que é um cheque em branco? Será o aumento da tarifa de ônibus? Será o aumento da zona azul?”, questionou.

Ele lembrou, ainda, a crise na saúde da cidade e questionou a exoneração do secretário de Saúde com apenas pouco mais de dois meses na gestão. “Foi falado que estava certo, que tem que trocar mesmo, que as empresas trocam as gerências constantemente. Não queiram comparar empresa com uma cidade complexa como Fortaleza. Dizer que dois meses trocar secretário de Saúde é certo? Em 60 dias dá para o secretário de saúde fazer alguma coisa? Fica uma reflexão para os colegas: qual será a marca dessa gestão?“, apontou.

O vereador também lembrou das divergências que o fizeram deixar a base do prefeito Sarto após as eleições de 2022, quando apoiou as candidaturas de Camilo Santana a senador e Elmano de Freitas a governador. Segundo disse, ele pediu para deixar a base governista e a vice-liderança do Governo por esse e outros fatores, como a votação da taxa de lixo, aprovada no fim do ano passado.

“Ser base não é votar sim para tudo. Tiveram retaliações aqui, pressões, sim ou não, para votar na taxa do lixo? Teve ou não teve? Retaliações tiveram ou não tiveram? O Eudes, a vereadora Estrela estão errados? Estão se posicionando. Aqui é o seguinte: se votar contra o prefeito, vem bombardeio para cima dos vereadores. A taxa do lixo é uma vergonha”, disse.