Pai Acilon Gonçalves e filho Bruno Gonçalves.,  Foto: Reprodução Instagram.

Como já registramos em outras oportunidades, as denúncias de desvios de recursos públicos em prefeituras cearenses são inúmeras. O primeiro prefeito preso, por suspeita de desvios de recursos da Prefeitura foi o de Pacatuba, Carlomano Marques.

Ele continua preso em um hospital, por comprovadamente ter problemas cardíacos, mas nos últimos dias ele foi transferido para uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), por complicações mais graves, mas a imagem de Carlomano é tão negativa que algumas pessoas dizem que ele, como médico, simulou o agravamento da saúde.

O próximo prefeito a ser preso, admitem alguns políticos, poderá ser  o de Aquiraz, Bruno Gonçalves, hoje mantido no cargo por conta de uma liminar do desembargador Raimundo Nonato Silva Santos. Ele responde a uma CPI por desvio de recursos da Merenda Escolar, além da investigação do Ministério Público estadual e Federal.

Acilon Gonçalves, prefeito do Eusébio, e pai de Bruno, também está na mira da Justiça e do Tribunal de Contas do Estado, admitem até correligionários dele. Além desses três prefeitos, outros, também da Região Metropolitana de Fortaleza, podem ser presos pelo mesmo crime de desvio de recursos.

Cagece

Falando em Aquiraz, quem também está precisando ser investigada é a Cagece, cujo atual presidente, Neuri Freitas, irmão do primeiro suplente de vereador conhecido como Maguin Freitas, autorizou, no curso da última campanha eleitoral, o asfaltamento de ruas e avenidas de Aquiraz, para beneficiar candidatos ligados ao prefeito Bruno Gonçalves. Para que não fique qualquer dúvida em relação ao envolvimento político da estrutura da Cagece, nas campanhas eleitorais, o asfaltamento não é o tapamento de buracos, ocasionados pelas obras da própria Cagece, não. É asfaltamento total de ruas e avenidas, para agradar políticos.

A Cagece, antes, ajudava os candidatos do Governo empregando os seus afilhados, como sempre fazia o Detran, que também tem feito obras em municípios, como por exemplo, construção de terminais rodoviários. A fiscalização do TCE precisa visitar esses dois órgãos do Governo do Estado, por sinal os maiores arrecadadores. No ano passado, com todo o seu envolvimento político criminoso, a Cagece teve um lucro líquido de 198 milhões de reais.