Bolsonaristas e pedetistas se unem contra a gestão do governador Elmano de Freitas. Foto: Reprodução/Instagram

Pelo menos oito deputados da atual Legislatura estão se consolidando como nomes de oposição ao Governo Elmano de Freitas. Na manhã desta segunda-feira (27), o grupo se reuniu e se deslocou até o Hospital Regional do Sertão Central, em Quixeramobim, e Hospital Regional do Vale do Jaguaribe, em Limoeiro do Norte,  constatatarm, dentre outras coisas, que, apesar da boa estrutura dos equipamentos, as unidades de saúde estão subutilizadas, o que, consequentemente, afetaria hospitais da Capital cearense.

Fizeram parte da comitiva o deputado Felipe Mota (UB), além dos bolsonaristas Alcides Fernandes (PL), Sargento Reginauro (UB), Carmelo Neto (PL), Dra. Silvana e os pedetistas Antônio Henrique (PDT), Cláudio Pinho (PDT) e Queiroz Filho (PDT).

Apesar de a maioria dos parlamentares do PDT estarem na base do governador Elmano de Freitas, Henrique, Pinho e Queiroz estão alinhados com o ex-prefeito Roberto Cláudio, que defende a ida do grupo para a oposição ao atual Governo. Ele foi candidato a governador em 2022 e foi derrotado, ainda no primeiro turno, ficando na terceira colocação.

O deputado Cláudio Pinho afirmou que um dos problemas identificados no Hospital Regional do Sertão Central foi a quantidade expressiva de pessoas oriundas do Vale do Jaguaribe, onde já existe um equipamento hospitalar do tipo regional. Felipe Mota destacou que a obrigação dos parlamentares é fiscalizar para saber se os serviços que estão sendo oferecidos chegaram até a população.

Gastos

“Constatamos algumas irregularidades como médicos que estão sem receber salário desde dezembro. A gente lamenta essa situação, por que como um profissional pode trabalhar dessa forma? O hospital é muito lindo e maravilhoso, mas não tem emergência 24 horas e os pacientes só entram sob uma rígida programação. É um hospital que mais parece um banco“, disse Dra. Silvana sobre o Hospital Regional do Sertão Central.

Alcides Fernandes, por sua vez, afirmou que vai cobrar das autoridades competentes que invistam nesses hospitais regionais para desafogar os atendimentos na Capital. “Aqui foram gastos R$ 400 milhões, mas o que a gente vê aqui são todos os lugares vazios, enquanto em Fortaleza as pessoas são atendidas toda se acotovelando nos corredores. Os médicos aqui também estão com quatro meses de salários atrasados”.