Dra. Silvana aproveitou a data para criticar o movimento feminista e se dizer “submissa” a Deus e ao marido, o deputado federal Dr. Jaziel. Foto: ALCE

Em tom de homenagem e de posicionamento político, o Dia da Mulher foi celebrado por deputados da Assembleia Legislativa do Ceará, durante sessão ordinária, na manhã desta terça-feira (08). O tema norteou os pronunciamentos dos parlamentares deixaram as diferenças ideológicas e partidárias de lado para focar no tema em defesa dos direitos das mulheres.

O deputado Felipe Mota (UB), por exemplo, destacou que a mulher hoje é parte direta e decisiva da vida de qualquer país. No entanto, questionou quantas figuras femininas já presidiram seu país, lembrando que o Brasil já teve uma presidente. Firmo Camurça (UB) deu ênfase à capacidade que mulheres têm em gerar vida e sua importância para a construção da sociedade.

Guilherme Sampaio (PT), por sua vez, destacou o pacote de medidas do Governo Lula voltadas para as mulheres. Para o petista, a Assembleia Legislativa tem a possibilidade de agir em consonância com essas políticas, com o fim de colaborar na superação da discriminação por gênero. Sobre as medidas, ele destacou as propostas de equidade salarial entre homens e mulheres; a abertura de linhas de créditos com juros diferenciados para agricultoras e empreendedoras.

De Assis Diniz (PT) lembrou o papel de cearenses que foram destaque na história, como Bárbara de Alencar, Jovita Feitosa e Maria Luiza Fontenele. “Mulheres à frente do seu tempo e que lideraram revoluções. E que, ao mesmo tempo que elogiamos seu sorriso, reconhecemos a sua força. E àquela que se tornou o símbolo da luta contra o machismo, nossa querida Maria da Penha”.

Ele aproveitou para criticar machismo existente na política e citou exemplos como o impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff e o fato de o PDT não ter indicado a ex-governadora Izolda Cela como candidata natural á reeleição no ano passado. “Todos nós aqui sabemos que, se o machismo não imperasse, teríamos hoje uma governadora no Ceará. A nossa grande Izolda”, afirmou.

Carmelo Neto (PL) destacou a representação feminina no Partido Liberal (PL). “O PL tem 17 deputadas federais mulheres defendendo pautas importantes e, no estadual, contamos com as deputadas Marta Gonçalves (PL) e Dra. Silvana (PL), que são guerreiras e valorosas”. Também citou as ex-ministras do governo de Jair Bolsonaro, Tereza Cristina e Damares Alves, atuais senadoras.

Família

Agenor Neto (MDB) lembrou de sanção de Lei, oriunda de um projeto de sua autoria, que assegura, na rede pública de saúde do Estado, como um dos critérios a serem utilizados para determinar a prioridade de atendimento no serviço de assistência psicossocial, ser a mulher vítima de violência doméstica e familiar. Já Dra. Silvana (PL) repetiu frases que têm utilizado nos últimos anos, principalmente contra o movimento feminista.

“Eu sou uma mulher que defende a única família reconhecida por Deus, uma família com pai, mãe e filhos, a família de acordo com a criação. O feminismo não vai se apropriar dos nossos princípios. As mulheres não sabem o que significa ser submissa. A submissão é estar sob uma missão, não é estar debaixo dos pés, é estar em equilíbrio numa mesma missão”, disse.