Guilherme Landim foi líder do PDT durante a Legislatura passada. Partido ainda não definiu nova liderança. Foto: Blog do Edison Silva

Líder do PDT na Assembleia Legislativa do Ceará, durante a Legislatura passada, o deputado Guilherme Landim (PDT) disse ao Blog do Edison Silva que disse ver “com tristeza” a situação atual do partido no Estado. O parlamentar faz coro àqueles que defendem manutenção na sigla na base governista de Elmano de Freitas e disse que o grupo na Casa precisa de um direcionamento dos líderes partidários.

“Eu vejo com muita tristeza esse momento. Precisamos de um direcionamento, acho que temos que ter coerência. A eleição passou, cada um defendeu o que achava correto para aquele momento, a população decidiu e agora todos nós precisamos nos unir em prol do Estado do Ceará”, defendeu Landim.

Desde o término das eleições para governador em 2022 o partido passa por uma turbulência interna, em que alguns quadros já sinalizam fazer oposição ao Governo do Estado, outros defendem aliança e há aqueles que já estão na gestão, atuando como secretários da gestão. Elmano de Freitas, inclusive, escolheu o pedetista Romeu Aldigueri como o líder da base aliada na Assembleia.

Segundo Guilherme Landim, o PDT do Ceará precisa ter coerência semelhante ao que foi feito o partido em nível federal, que apoiou a candidatura do presidente Lula no segundo turno da campanha e tem cargos no Governo, inclusive, indicando o presidente da agremiação, Carlos Lupi, como ministro da Previdência.

Posição

“O PDT é base em nível nacional e tinha um projeto nacional com o Ciro. Se hoje o PDT faz parte do Governo Federal, por que não fazer parte do Governo do Estado, que também é do PT? Defendo isso e vou continuar defendendo Essa é nossa posição muito clara e espero que o PDT defina isso o quanto antes”, apontou.

Para ele, a decisão que foi tomada em nível federal deve ser espelhada no Ceará, para evitar maiores desgastes, respeitando diferenças locais. “Pode fazer como o PT fez anteriormente, onde o PT estadual apoiava o Governo Cid e o PT de Fortaleza não apoiava. Fica mais fácil de se resolver questões mais locais”, disse.