Questionado sobre os dois nomes na disputa eleitoral, Jair Bolsonaro e Lula, o parlamentar desconversou. “Sou por Jesus Cristo”. Foto: Miguel Martins

A cada eleição que passa a pauta dos costumes tem tomado a dianteira nas discussões de candidatos à Presidência da República, o que não foi diferente no pleito deste ano. Líder religioso e deputado estadual reeleito, Apóstolo Luiz Henrique (Repu) lamenta o modo como a religião foi utilizada na campanha eleitoral, e defende uma reflexão por parte de lideranças de instituições religiosas no Brasil.

Segundo ele, o nome de Deus foi utilizado em vão durante toda a campanha o que tem sido lamentado por algumas lideranças de igrejas. No entanto, boa parte dessas pessoas tem se posicionado politicamente e defendido um dos dois nomes que estiveram na disputa para a Presidência da República.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca reeleição neste domingo (30), tem o apoio de boa parte de setores evangélicos no País, que é um grupo que tem demonstrado unidade em relação à defesa do nome dele. “Como sacerdote já me pronunciei. A igeja não é prostituta para ser usada. Eu sou pelo correto. Muitas pessoas estão utilizando o nome de Deus em vão e quero reforçar para que as pessoas possam ponderar e estudar a situação”, disse.

Questionado sobre os dois nomes na disputa eleitoral, Jair Bolsonaro e Lula, o parlamentar desconversou. “Sou por Jesus Cristo. Entre Lula e Bolsonaro eu sou Jesus”, disse. Ele defendeu maior diálogo entre as pessoas, para evitarem confronto por questões político-partidárias. “É preciso que a população vigie o presidente. Como que um presidente que não tem equilíbrio em uma fala terá para tocar a nação?”, questionou.

No primeiro turno das eleições, Apóstolo Luiz Henrique esteve coligado ao grupo que apoiou a candidatura de Capitão Wagner (UB). No entanto, no segundo turno, ainda que Wagner tenha declarado apoio a Jair Bolsonaro, Henrique preferiu manter neutralidade e não se posicionar em relação a Lula ou Bolsonaro.