Diferente de Ciro Gomes, posição de Carlos Lupi em defesa da candidatura de Lula foi mais enfática. Foto: Reprodução/Globonews

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, anunciou, no início da tarde desta terça-feira (04), que o partido decidiu, por unanimidade, apoiar a candidatura de Lula, do PT, no segundo turno da campanha eleitoral deste ano para presidente da República. Candidato derrotado, o pedetista Ciro Gomes gravou vídeo acompanhando a decisão partidária, mas fazendo críticas aos dois nomes que seguem na disputa.

Em vídeo publicado em suas redes sociais, Ciro Gomes afirmou que essa foi “a última saída” diante às circunstâncias que foram colocadas.Lamento que a trilha democrática tenha se afunilado a tal ponto que reste para os brasileiros duas opções, a meu ver, insatisfatórias. Não acredito que a democracia esteja em risco nesse embate eleitoral. mas sim, o absoluto fracasso da nossa democracia em construir um ambiente de oportunidades que enfrente a mais massiva crise social e econômica que humilha a esmagadora maioria do nosso povo”, afirmou.

Ciro disse, ainda, que foi vítima de uma “campanha violenta”, mas que nunca se ausentou ou se ausentará da discussão sobre o Brasil.Sempre me posicionei e me posicionarei na defesa do Brasil, contra os projetos de poder que levaram nosso povo a essa situação grave e ameaçadora”. O líder pedetista disse também que não aceitará qualquer imposição ou “cabresto” e que não pleiteia ou aceitará cargo em um futuro governo. “Vou fiscalizar, acompanhar e denunciar qualquer desvio do Governo que assumirá em janeiro”, pontuou.

Espero que esta decisão ajude a oxigenar temporariamente a nossa democracia. Mas se não houver busca efetiva de novos ares e de novos instrumentos, estaremos a mercê de um respirador frágil e precário, limitadíssimo no tempo e espaço. Quero estar livre ao lado da sociedade, em especial da juventude, lutando por transformações profundas, como as que apresentamos em nossa campanha – (Ciro Gomes)

Leia na íntegra a mensagem de Ciro Gomes:

“Meus amigos e amigas,

acabamos de realizar uma reunião da executiva nacional ampliada do PDT, em que, por unanimidade, nós tomamos uma decisão. E eu gravo este vídeo para dizer que acompanho a decisão do meu partido, o PDT. Frente às circunstâncias, é a última saída.

Lamento que a trilha democrática tenha se afunilado a tal ponto que reste para os brasileiros duas opções, a meu ver, insatisfatórias. Não acredito que a democracia esteja em risco nesse embate eleitoral. mas sim, o absoluto fracasso da nossa democracia em construir um ambiente de oportunidades que enfrente a mais massiva crise social e econômica que humilha a esmagadora maioria do nosso povo. Ao contrário da campanha violenta que fui vítima, nunca me ausentei ou me ausentarei da luta pelo Brasil. Sempre me posicionei e me posicionarei na defesa do Brasil, contra os projetos de poder que levaram nosso povo a essa situação grave e ameaçadora.

Espero que esta decisão ajude a oxigenar temporariamente a nossa democracia. Mas se não houver busca efetiva de novos ares e de novos instrumentos, estaremos a mercê de um respirador frágil e precário, limitadíssimo no tempo e espaço. Pleo Brasil, a minha luta e do PDT seguirão sempre firmes. Não aceitaremos imposição ou cabresto de quem quer que seja. Não pleiteio ou aceito qualquer cargo em um futuro governo.

Quero estar livre ao lado da sociedade, em especial da juventude, lutando por transformações profundas, como as que apresentamos em nossa campanha. Ao povo brasileiro me dirijo. Fiquem certos que, como sempre fiz, vou fiscalizar, acompanhar e denunciar qualquer desvio do Governo que assumirá em janeiro. Assim como vou seguir estudando e apresentando ideias para recuperar nosso País.”