Júlio César Filho foi líder do Governo Camilo Santana e permanece na liderança do Executivo na Assembleia Legislativa. Foto: ALCE

O líder do Governo na Assembleia Legislativa, o deputado Júlio César Filho (PT), defendeu o nome da governadora Izolda Cela como prioritário na disputa interna do PDT, que escolhe o nome do partido que disputará sucessão no Estado. Para o parlamentar, a chefe do Poder Executivo, por já estar exercendo o poder, tem direito a ser candidata à reeleição.

Atualmente, Izolda Cela disputa internamente com o ex-prefeito de Fortaleza  Roberto Cláudio, o presidente da Assembleia Legislativa Evandro Leitão e o deputado federal Mauro Filho. Nos últimos meses os nomes da governadora e de Roberto Cláudio tomaram a dianteira na preferência de partidos aliados e correligionários pedetistas, o que tem causado rusgas entre lideranças políticas no Ceará.

Na avaliação de Júlio César, o fato de Izolda ser a atual governadora tem um peso que deve ser levado em consideração pelas lideranças do PDT no Estado. “Acredito que se quem está a frente do Governo, na cadeira de governadora, tem o direito de disputar a reeleição. Isso tem que ser ouvido prioritariamente, tem que ter um peso, respeitando as disputas internas do partido que disputará a vaga e respeitando os outros partidos que comporão e apoiarão”, defendeu.

A tese levantada pelo parlamentar também é defendida por outros petistas na Assembleia Legislativa que chegam a falar em “machismo”, já que a prioridade para disputar reeleição não seria o ponto determinante para a escolha do candidato pedetista, segundo eles. O líder do Governo afirmou, ainda, que é preciso respeitar aquilo que defendem os partidos aliados, que não estariam obrigados a defender alguém com quem eles não se identificam.

“Não respeitando esses partidos, eles não são obrigados a apoiar aqueles que não se identificam Numa aliança, ninguém deve ser desprezado, até para que trabalhem no mesmo sentido e na mesma intensidade. A governadora deve ter um peso maior porque está sentada na cadeira e é importante que os líderes escutem isso”, defendeu.