O deputado Leônidas Cristino chamou o Governo de “gororoba” após proposta de CPI da Petrobras. Foto: Divulgação

A Petrobras anunciou, na manhã desta sexta-feira (17) reajustes no preço da gasolina, de 5,2%, enquanto que o aumento no valor do diesel será de 14,2%. Políticos cearenses, imediatamente, reagiram à decisão da estatal e fizeram uma relação com projeto em discussão no Congresso Nacional, que versa sobre a redução do ICMS para alguns produtos nos estados.

O presidenciável Ciro Gomes (PDT) publicou uma série de críticas ao Governo Bolsonaro sobre a medida. De acordo com ele, a empresa atua de forma “insensível ao sofrimento do povo. E um presidente banana que não se impõe”. Na avaliação do deputado José Nobre Guimarães (PT), o aumento foi autorizado pela Governo Federal e que o presidente da República estaria fingindo ser contra a estatal.

“Governo Bolsonaro autoriza mais um aumento no preço dos combustíveis. Ele finge que é contra e a Petrobras autoriza o aumento de 10% do diesel. Isso acontece por conta da mudança da política de preços da empresa. Quem fez isso? A maioria dos parlamentares que apoiam o governo”, disse o petista.

Leônidas Cristino (PDT) chamou o Governo de “gororoba”, já que o presidente Bolsonaro propôs criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a estatal.  “O governo Bolsonaro parece uma gororoba, pois agora sugere a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI) para investigar a Petrobras que é gerida por executivos de sua confiança. Quer engabelar quem mesmo?”, questionou.

“Um escárnio”, afirmou André Figueiredo (PDT) sobre o reajuste da Petrobras. Segundo ele, a estatal vem amealhando taxas de lucro superiores àquelas do setor privado. Ele também citou a situação de crise econômica e social pela qual o País passa e não está sendo levado em consideração pela empresa.

Para Guilherme Sampaio (PT), “a tramoia do Governo Federal ao limitar o ICMS sobre combustíveis não reduziu os preços, e ainda tirou dinheiro de ações dos estados que beneficiam os mais pobres. Só protege mesmo o lucro dos investidores”. Carmelo Neto (PL), por sua vez, destacou as tentativas do Governo Federal para diminuir impostos não sensibilizou o conselho administrativo da empresa. “O atual conselho administrativo da Petrobras age como inimigo do povo brasileiro. Um novo aumento é inaceitável”, disse.

Segundo Renato Roseno (PSOL), os aumentos o valor dos combustíveis continuará sendo reajustado enquanto o Governo Federal não mudar a política de preços da Petrobras. “Como não tem coragem pra isso, nem quer, inventa culpados para tentar enganar o povo brasileiro. Mas a população sabe que a culpa é dele”.

A vereadora Larissa Gaspar (PT) destacou que enquanto há aumento dos valores de produtos, “a vida dos brasileiros e brasileiras fica cada dia pior”. De acordo com a parlamentar, a mudança para essa realidade só se dará após o pleito eleitoral, em uma eventual derrota do presidente Jair Bolsonaro.