Em suas redes sociais, a vereadora Larissa Gaspar disse que no PT “não tem espaço para agressores de mulheres”. Foto: CMFor

A vereadora Larissa Gaspar (PT) comemorou a decisão do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores pela expulsão do colega Ronivaldo Maia, acusado de tentativa de feminicídio. Por outro lado, o pedetista Carlos Mesquita foi à tribuna do Plenário Fausto Arruda, na manhã desta quinta-feira (23) para defender o parlamentar. Ronivaldo não falou sobre o assunto. O petista vai recorrer da decisão partidária.

Conforme diz o estatuto do PT, no caso de expulsão pelo diretório estadual, o filiado expulso pode recorrer à executiva nacional do partido, o que deve ser feito num prazo de até 10 dias. A expulsão do parlamentar foi aprovada na noite da quarta-feira (22), com 27 votos favoráveis e 26 contrários, cabendo ao presidente da sigla, Antônio Filho, o “Conin”, desempatar. De acordo com ele, o partido “sangrou” durante todo o processo.

Em suas redes sociais, a vereadora Larissa Gaspar disse que no PT “não tem espaço para agressores de mulheres”. “A defesa das mulheres sempre foi a minha principal bandeira de luta, seja no parlamento seja em minhas experiências anteriores como gestora da Casa Abrigo Margarida Alves e como Coordenadora de Mulheres de Fortaleza”, disse ela, salientando que fez questão, desde o início, pelo afastamento e julgamento de Ronivaldo Maia.

Diferente da petista, o pedetista Carlos Mesquita utilizou a tribuna da Casa em defesa de Ronivaldo Maia, e afirmou que ele saiu maior do que menor desse processo de expulsão, pois em sua avaliação, o fato de ter dado empate demonstra a grandeza e respeito que o parlamentar tem dentro do Partido dos Trabalhadores. “Eu queria fazer uma verdadeira louvação ao meu amigo leal, fiel, que essa Casa aqui nunca viu um deslize ou comportamento diferente daquilo que seu partido apregoa. Defensor do seu partido, defensor dos candidatos de seu partido, que é o meu querido amigo Ronivaldo Maia”.

Segundo ele, Ronivaldo sempre defendeu o Partido dos Trabalhadores, principalmente, nos momentos mais difíceis, seja do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, a prisão do ex-presidente Lula e até no caso envolvendo um assessor do deputado federal José Nobre Guimarães, detido com dólares na cueca.

“Querem  tirar o rapaz de Cristo por causa de uma situação, por causa do Lula, por causa do apoio ao PDT. Acho que isso é apenas para mexer no PT. Um partido que tem cadeiras e mais cadeiras no Governo do PDT. Mas rogo a Deus que Ele faça justiça. E que essa minha fala chegue até o Lula e ele, que é o nome maior do PT, revogue essa decisão”, apontou Mesquita.

Veja o momento em que Carlos Mesquita parte em defesa de Ronivaldo Maia: