Votação ficou empatada, em 26 a 26, e coube a Conin decidir pela expulsão do filiado. “O partido sangrou muito nesse processo”. Foto: Reprodução/Instagram

Por 27 votos a 26, o diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) no Ceará decidiu, na noite de quarta-feira (22), pela expulsão do vereador de Fortaleza, Ronivaldo Maia. O parlamentar é acusado de tentativa de feminicídio após ter jogado o carro em que se encontrava contra uma mulher, durante uma discussão ocorrida no fim de novembro do ano passado. Cabe recurso à nacional da sigla.

A votação ocorreu durante toda a noite de quarta-feira, e segundo o presidente estadual da legenda, Antônio Filho, o “Conin”,  houve empate e ele desempatou votando pela expulsão do parlamentar. “Por 27 a 26, o diretório decidiu pela expulsão. Na verdade, houve um empate e meu voto desempatou. O parecer está mantido em segredo de justiça, mas a decisão é pela expulsão. Não foi fácil, o partido sangrou muito nesse processo”, disse.

Segundo explicou, é possível recorrer à executiva nacional do Partido dos Trabalhadores, mas no âmbito estadual todo o processo já foi solucionado. “O diretório reconheceu que houve infração, e essa infração é sujeita à expulsão. Não divulgo o  relatório em respeito à decisão da Justiça”.

Ronivaldo Maia chegou a ser preso em novembro do ano passado, após o incidente ocorrido com uma mulher. O conselho de ética chegou a abrir um processo de perda de mandato a pedido da bancada do PSOL, mas arquivou o proceso. O partido chegou a tentar recorrer da decisão, mas não conseguiu as assinaturas necessárias para seguir com a ação. Os membros do PT, Larissa Gaspar e Guilherme Sampaio, estiveram juntos com Adriana Nossa Cara e Gabriel Aguiar nessa empreitada.

Depois de cinco meses afastado da Casa Legislativa, o vereador petista retornou à Câmara no fim de abril. Durante seu primeiro pronunciamento, pediu desculpas ao seu eleitorado pelo ocorrido e negou ter tentado matar a mulher. Durante seu primeiro pronunciamento ao retornar ao Legislativo Municipal, disse que o episódio foi “infortúnio” isolado em sua trajetória política.