O roteiro estava definido há mais de um mês. O dia da partida seria uma surpresa logo após receber o novo passaporte e aí, tudo foi por água abaixo.

O Oriente Médio sempre me fascinou porque as fronteiras ali ofereciam mais aventuras, mais segredos, mistérios e desafios. Dubai e Doha seriam os portões de entrada para o Irã, Uzbequistão, Cazaquistão e China, para voltar pela Transiberiana desde Beijing. De repente, o pavio da bomba foi aceso. A tensão enche o ar misturando-se com a fumaça e o cheiro das bombas lançadas de drones com a desculpa de evitar a violência.

As silhuetas das cidades como Doha e as luzes noturnas de Dubai; o salto do golfinho ao entardecer dos mares daquelas paragens mágicas ou a simplicidade das paisagens do deserto perto do Canal de Suez estão comprometidas.

Até a Austrália, que seria uma opção, está ardendo em chamas, matando cangurus e a meninazinha chata e o presidente francês estão de férias. Um novo Álbum de Viagem está temporariamente suspenso.

 

Texto: A.Capibaribe Neto
Fotografias: Leonard Capibaribe
Especial para o Blog do Edison Silva