Mauro Benevides ao lado do filho Mauro Benevides, na posse deste como deputado federal, em fevereiro deste ano

Ex-presidente do Congresso Nacional, Mauro Benevides não esquece a força dada pelo ex-governador cearense Virgílio Távora, em 1974, na sua primeira eleição para o Senado da República. Mauro também não esquece o trabalho político feito por Virgílio Távora, no período da Revolução de 1964, para fazê-lo governador do Ceará, com a ajuda do piauiense Petrônio Portela, à época uma das mais importantes figuras do Governo Militar.

Mauro deixou de ser governador do Ceará por não ter aceito trocar o MDB, único partido de oposição ao Governo Militar, pela Arena, a agremiação de sustenção daquele Governo. Naquela época o governador do Estado era eleito pela Assembleia Legislativa, praticamente toda ela governista, como a de hoje.

Na primeira eleição de Mauro Benevides ao Senado, disputando com Edilson de Melo Távora, o candidato do governador da época, Cesar Cals, Virgílio Távora, pela incompatibilidade que tinha com Edilson, além das divergências políticas com o próprio Cesar Cals, embora fossem da mesma Arena, juntamente com Adauto Bezerra, decidiu ir para o exterior, deixando seus amigos, liderados pelo ex-governador Manoel de Castro, trabalhando em favor de Mauro para derrotar Edilson.

Na próxima quinta-feira, uma solenidade na Assembleia Legislativa do Ceará, comemora o  centário de nascimento de Virgílio Távora, considerado um dos mais importantes homens públicos deste Estado. Ele foi deputado federal, governador, senador e ministro de Estado.  Mauro Benevides falará da atua política de Virgílio.