A.Capibaribe Neto – Especial para o Blog do Edison Silva.

Ainda tenho bem nítido na memória – até parece que foi ontem, embora esse “ontem” esteja bem lá atrás, tipo 15 anos – “Katmandu!” – como um chamado com voz mística, espiritual, quase divina. “Katmandu”, seguido de um respeitoso silêncio profundo e mais nada. Depois, o som do vento como se esgueirasse por entre cada letra que compõe o nome desse lugar distante, difícil de chegar lá.

O sibilo parecia um chamado. Nessa época, cheguei a comentar com um amigo que um lugar chamado Katmandu, quase aos pés do Evereste, parecia estar me chamando. Existe uma musica composta por Bob Seger, mas eternizada por Cat Stevens, filho de uma sueca é um grego, nascido em Marylebone, no Reino Unido em 1948, com o nome de batismo, tendo adotado Cat Stevens em 1965, ao assinar seu primeiro contrato discográfico.

Uma das músicas que consagrou Cat Stevens foi Katmandu. Talvez esse lugar tenha “enfeitiçado” o cantor como enfeitiçou a mim, pois ele se mudou para lá e adotou outro nome: Yussuf Islam! A letra dessa música, em tradução direta é: “Embaixo da lama, em um dia poeirento, cinzento e frio; O lago da manhã; Bebe o céu; Katmandu eu logo te verei; E seu estranho tempo desconcertante; Vai me segurar; Passe-me o meu chapéu e casaco; Tranque a cabine; Noite lenta, me trate bem; Até eu ir; É bom saber; Katmandu em breve vou tocar em você……..” E eu fui. Assim, sem mais nem menos, encaixei o Nepal no me caminho desde Londres a Saigon. As imagens que ilustram este espaço foram amealhadas na Praça Darbar, no centro de Katmandu, por onde Cat Stevens caminhou e se encantou com a magia do lugar e se inspirou para compor a musica imortal.

Texto e fotos: A.Capibaribe Neto.