Para Heitor, HGF é hospital de referência e precisa funcionar com 100% de sua capacidade. Foto: ALECE

O deputado estadual Heitor Férrer (SD) denunciou problemas no funcionamento do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) em diversas áreas e especialidades, após relato que o parlamentar diz ter recebido de sete médicos colegas. Férrer afirmou que vai requerer, na Comissão de Saúde da Casa, uma visita in loco ao hospital para averiguar a situação e, posteriormente, poder cobrar da Secretaria de Saúde uma solução.

“Mas nós não vamos ao HGF para ficar pressionando médico não, nós vamos para cobrar que o hospital possa funcionar e atender a demanda. Porque esse transtorno não é o diretor que cria, não é o médico, não é o enfermeiro, assistente social ou bioquímico. Esse transtorno é criado na origem, que é a Secretaria da Saúde”, disse o parlamentar, sem deixar de elogiar o secretário Dr. Cabeto, do qual destacou a ética e a competência. “Fica mal na fita a Secretaria de Saúde, portanto vamos visitar o HGF, que é um hospital de referência do Estado, para identificar quais as conexões com a secretaria que estão dificultando o trabalho dos profissionais, porque no final o prejuízo é da população mais necessitada”, disse ao blog.

O parlamentar, que também é médico, denunciou que companheiros de profissão estão tendo dificuldade para realizar cirurgias que já estão no mapa cirúrgico, pois muitas estariam sendo canceladas a mando da Secretaria de Saúde, sem aviso prévio ou mais explicações. “O curioso é eu ter que trazer esse tipo de denúncia aqui logo após ler o relatório quadrimestral das contas do Estado, recentemente publicado, elogiando a situação fiscal do Estado”, questionou.

Citando a área da mastologia como exemplo, Férrer afirmou que, além de cirurgias canceladas por autorização da secretaria, o mamógrafo do hospital não funciona há pelo menos três meses, falta material básico, como fio cirúrgico; há enorme dificuldade para a realização de exames, além de pacientes ficarem sem tratamento por meses após o diagnóstico, ferindo a lei dos 60 dias. “Eu estou citando a mastologia como exemplo, mas esse tipo de problema se repete em todos os setores e em todas as especialidades”, denunciou o parlamentar.