A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lança a Campanha da Fraternidade 2019 com o tema “Fraternidade e Políticas Públicas”. Foto: Agência Brasil

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, compareceu, nesta quarta-feira (6), ao lançamento da Campanha da Fraternidade 2019, lançada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o tema “Fraternidade e Políticas Públicas“. O presidente da CNBB, Cardeal Sérgio da Rocha, afirmou em seu discurso que um dos principais objetivos da Campanha, uma ação da Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil, é contribuir e promover “participação maior na elaboração de políticas públicas nos diversos âmbitos da vida social temas já trabalhados em temas anteriores. De tal modo, que esta Campanha, com um tema de caráter mais abrangente, retoma e dá continuidade a outras que tiveram temas mais específicos. Ela estimula o exercício consciente e responsável da cidadania, despertando o interesse pelas políticas públicas”.

Raquel Dodge, em seu discurso, costurou os princípios da fraternidade e solidariedade com os primeiros artigos da Constituição, que têm por objetivo construir uma sociedade justa e igualitária, destacando a necessidade da fraternidade nas políticas públicas “para enfrentar as muitas formas de corrupção e crime organizado, tráfico de drogas, especulação financeira e lavagem dinheiro”. A PGR ainda ressaltou outros problemas atuais como a violência doméstica, o rompimento de barragens e a construção de políticas públicas para os imigrantes como questões que também pedem a fraternidade da sociedade.

No evento, o secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, leu a mensagem que o papa Francisco enviou, no dia 11 de fevereiro, para a abertura da Quaresma e da Campanha da Fraternidade. Na carta, Francisco defende que os cristãos “devem buscar uma participação mais ativa na sociedade como forma concreta de amor ao próximo, que permita a construção de uma cultura fraterna baseada no direito e na justiça”. No documento, o papa ainda afirma ainda que, apesar das políticas públicas seja “primordialmente” uma responsabilidade do Estado “todas as pessoas e instituições devem se sentir protagonistas das iniciativas e ações que promovam o conjunto das condições de vida social que permitem aos indivíduos, famílias e associações alcançar mais plena e facilmente a própria perfeição”.

Com informações do jornal Estado de S. Paulo e do site da CNBB