André Fernandes, Eduardo Girão e Capitão Wagner. Unidos, mas nem tanto. Foto: Reprodução/Instagram

Os pré-candidatos a prefeito de Fortaleza do espectro político de direita André Fernandes (PL), Capitão Wagner (União) e Eduardo Girão (NOVO) se encontraram no sábado passado, em evento em alusão ao Maio Laranja contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Apesar da união em torno do tema, ainda é incerto uma possibilidade de unidade do trio já no primeiro turno das eleições deste ano na Capital cearense.

Enquanto Capitão Wagner está indo para sua terceira tentativa de candidatura à Prefeitura de Fortaleza, André Fernandes e Eduardo Girão pretendem iniciar sua jornada em busca de uma vaga no Executivo Municipal neste ano. Wagner e Girão já sinalizaram interesse de unidade do campo de direita, mas Fernandes, apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, não abre mão da cabeça de chapa.

Nos bastidores, o grupo de André Fernandes argumenta que Capitão Wagner já teve sua chance em pleitos passados, inclusive, em um deles, contou com apoio dos bolsonaristas. Wagner, por sua vez, embora tenha sido derrotado no pleito de 2022 para governador, foi o mais votado em Fortaleza, obtendo 602.050 mil votos.

No mesmo ano, para a disputa a deputado federal, André Fernandes obteve 105.974 sufrágios na Capital cearense. Já Eduardo Girão, eleito senador pela primeira vez em 2018, obteve 5, 32.367 votos em Fortaleza. Em um partido considerado nanico e sem qualquer força política no Município, Girão tem defendido unidade entre o campo de direita, mas também diz não abrir mão de sua candidatura.

Segundo turno

Os próximos meses e as pesquisas internas realizadas por cada um dos três postulantes podem dar um norte sobre como se comportarão no primeiro turno da campanha deste ano. Caso não seja possível uma aliança no início da corrida eleitoral, o trio terá a missão de evitar ataques entre eles para que possam estar alinhados em um eventual segundo turno em que um deles chegue à próxima fase da disputa.