Carmelo Neto citou uma série de promessas feitas pela gestão petista e que não foram cumpridas. Foto: ALCE

O deputado Carmelo Neto (PL) demonstrou indignação na tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (31), após ser chamado de “propagador de fakenews” pelo líder do Governo na Casa, Romeu Aldigueri (PDT). O parlamentar destacou uma série de promessas que teriam sido feitas pelo governador Elmano de Freitas e pelo presidente Lula, mas que não foram cumpridas.

“Na última semana, na ânsia de defender o Governo do PT, o líder do Governo passou a proferir insultos gratuitos a minha pessoa. Não me deixo levar pela bravata, mas não posso deixar de reagir. Quando você é chamado de propagador de fakenews, se está de posse da verdade, não se pode permanecer em silêncio”, disse.

A tensão entre os parlamentares se deu após Carmelo fazer denúncia de abandono e cobrar maior celeridade do Governo do Estado na entrega de canoas do programa FortPesca, que busca o fortalecimento da renda e trabalho para a pesca artesanal. “A fiscalização de nosso mandato revelou o abandono de quase 800 canoas em terreno do Governo do Estado. Foram adquiridas 790 canoas artesanais, num total de R$ 1,8 milhão. Até hoje, centenas de canos encontram-se sem o armazenamento adequado”.

Segundo ele, caso o líder do Governo ache que se trata de fakenews, que vá até o local para conferir com os próprios olhos. “Eu não posso deixar de restabelecer a verdade. Ele disse que após conversa com secretário de Pesca e Aquicultura, eu teria pedido desculpa nas redes sociais. E isso não aconteceu. O secretário Oriel Filho me telefonou, reconheceu o problema e disse estar trabalhando para solucionar”, disse.

“Diferente do secretário, o deputado líder do Governo não procurou o diálogo e simplesmente perdeu as estribeiras para dizer que seu colega estava mentindo. Um ato desrespeitoso de desequilíbrio na defesa de um erro. Esse tipo de postura não é exclusividade do deputado líder” – (Carmelo Neto)

 

Ele lembrou que foi chamado de “lambe botas” pelo deputado De Assis Diniz (PT) e de “moleque”, por Júlio César Filho (PT). “Tudo isso na tentativa de me desqualificar. Chamar um colega de moleque. Eu posso chamar um colega de moleque? Infelizmente, ese tipo de ataque tem sido regra”.

Ele então fez uma seleção de promessas ainda não cumpridas pelo governador Elmano de Freitas e pelo presidente Lula. “Mentira é governador que prometeu não aumentar impostos e no primeiro mês aumenta o ICMS. Mentira é prometer picanha e cerveja e diminuir os benefícios do Bolsa Família. É aumentar a tarifa de água. Dizer que vai governar para todos os servidores e interromper o repasse de capitalização. Mentira é prometer combustível barato e aumentar a cada mês. Mentira é prometer que pobre vai andar de avião e aumentar o valor das passagens aéreas”, disse.