Ciro Gomes e Camilo estão brigados politicamente desde as eleições gerais do ano passado. Foto: Divulgação

Em coletiva de imprensa durante participação do Encontro Regional do PDT, em Fortaleza, na noite de quinta-feira (22), Ciro Gomes reconheceu que o partido passa por uma crise, devido a contradições internas. O pedetista aponta o ex-governador e ministro Camilo Santana como um dos responsáveis por esse momento na sigla, que segundo ele, traiu o grupo político.

“Estamos passando por uma crise, com muitas contradições internas. Fomos traídos pelo ex-governador. Somos um partido muito grande, com contradições internas e fomos traídos, evidentemente, por causa do governador que ajudamos a eleger e reelegemos. E hoje ele trabalha para nos destruir, usando a máquina pública”, disparou.

Ainda de acordo com Ciro, ele está sabendo o que está acontecendo nos bastidores da política local e que o “povo cearense pode até amar a traição, mas odeia os traidores”. As falas vieram após ele falar em “facas nas costas” pelo irmão, o senador Cid Gomes.

Há cerca de um ano, ainda durante o período pré-eleitoral de 2022, Ciro Gomes já falava sobre a possibilidade de traição. E naquela ocasião citou a mudança de postura de Camilo Santana em troca de um ministério em um eventual Governo Lula. O ex-governador é o atual ministro da Educação do Executivo Federal.

Segundo disse Ciro, existe uma tentativa de monopólio de Governo, de controle de um único grupo político no Ceará, o que ele aponta ser uma ideia destrutiva para o Ceará. “É isso que está acontecendo aqui e vamos resistir”, afirmou. Vale salientar que muito recentemente, o pedetista e o irmão Cid comandavam um bloco na política local que também era criticado por adversários por um suposto monopólio no Estado.