A discordância entre partes do PDT do Ceará ocorre desde o pleito eleitoral do ano passado, ainda na escolha do nome que representaria o partido nas eleições para governador. Seguiu durante a disputa e após o resultado. Atualmente, uma parte considerável do partido está alinhada com a gestão Elmano de Freitas, inclusive, participando do Governo e outra, em menor número, faz oposição ao Executivo Estadual.
Em sua avaliação, o que estaria sendo feito pelo Governo do Estado é uma “pedalada fiscal”, ou seja, "um crime" e que isso ocorria desde a gestão da ex-governadora Izolda Cela. “O Governo do Estado está se apropriando de um recurso previdenciário, que é do servidor, para custeio do Estado, criando algo por decreto e passando por cima da Assembleia Legislativa”, disparou.
Para Reginauro, o Estado encontra-se endividado, com sérios problemas, "pagando milhões e milhões de juros e contraindo mais empréstimos e os relatórios estão aí. Foram quatro anos gastando mais do que se arrecadava", denunciou.
A maioria dos demais membros da base governista evita se posicionar na tribuna do Plenário Fausto Arruda, preferindo se manifestar através de votos favoráveis às matérias oriundas da gestão. Há, ainda, dois vereadores que ingressaram no bloco dos "independentes", mas têm estado alinhados com o Governo. São eles: Márcio Martins (SD) e Inspetor Alberto (PL).
O bloco de oposição à gestão do prefeito Sarto na Câmara de Fortaleza mudará a liderança do grupo até o fim deste mês. Sai Danilo Lopes (Avante) e deve assumir Gabriel Aguiar, do PSOL.
Para o pedetista, há quadros na Casa que têm como única função"tolher os vereadores que fazem seu papel". "Colegas que já defenderam a gestão do PT, como defende a atual e se tiver gestão de outro partido, vai defender também. Porque o que importa é a gestão. Eu não sou assim", disparou.
Em Fortaleza, cada um desses grupos deve seguir isolado, visto que PDT, União Brasil e PL pretendem lançar nomes para a disputa eleitoral na Capital cearense
Para os autores dos projetos, o decreto teria ido além da competência regulamentar do Poder Executivo. Editado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 21 de julho, o decreto regulamenta o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826, de 2003), entre outras medidas.
No campo da direita ou centro-direita, nomes como o deputado federal André Fernandes (PL) e do senador Eduardo Girão (NOVO) foram sondados nos últimos meses, assim como do deputado estadual Carmelo Neto (PL), todos com pautas alinhadas às de Wagner. No entanto, para o líder do União Brasil na Assembleia Legislativa, o deputado Sargento Reginauro, nomes são colocados para serem testados junto à população.
Segundo o parlamentar, sua função tem como objetivo debater, apresentar propostas e, se necessário, elogiar a gestão se houver algo que mereça elogio. "Se possível, vamos elogiar. Aqui queremos que a população seja bem assistida, bem atendida e bem representada", apontou.