Amarílio Macêdo entre o candidato a governador Roberto Cláudio e o senador Tasso Jereissati, juntamente com Domingos Filho candidato a vice-governador e Alexandre Pereira, presidente do Cidadania. A senhora ao telefone é a esposa de Amarílio, a jornalista Patrícia Macedo

Faz pouco, foi no último fim de semana de julho passado, neste espaço, transcrevemos alguns trechos de um artigo assinado por Amarilio Proença de Macêdo, no jornal “O Estado de S. Paulo”, edição de 29 de julho deste ano, com o título indagando: “Estamos esperando o quê?”. Ele demonstra, naquela escrita, toda a sua irresignação com a apatia das “elites” brasileiras que “menosprezam a cara da revolta. Aparentam não ter olhos para ver os sinais de agravamento da miséria e do esgarçamento do tecido social e político do País”.

Quando escreveu o artigo o seu nome não era citado para a disputa de cargo eletivo, mas agora, ele está apresentado como candidato ao Senado, representando o PSDB na chapa do candidato a governador do PDT, Roberto Cláudio, cujo postulante ao posto de vice-governador é Domingos Filho, o presidente estadual do PSD.

Amarílio dignifica a chapa majoritária em que está inserido, embora dignificada ela já estivesse com a presença de Roberto Cláudio. Os negócios, muito grandes sim, nunca o afastaram da política, pois foi um dos que formaram no grupo de jovens empresários responsáveis pela primeira eleição de Tasso Jereissati para o Governo do Ceará, ainda nos anos de 1986. Foi o mais importante apoiador da candidatura do radialista Edson Silva à Prefeitura de Fortaleza, concorrendo com Ciro Gomes, o eleito naquela disputa, e continuou no exercício da militância política, não propriamente como fez o seu pai, o senador José Dias Macêdo, ao longo de muitos anos. O senador Macêdo teve três mandatos de deputado federal e chegou ao Senado como suplente do senador Virgílio Távora, um dos seus vários aliados na política cearense.

Embora só agora, após os 70 anos de idade, tenha decidido disputar um mandato, o de senador, Amarílio eleva o nível da política cearense e, pelos seus posicionamentos públicos como agente da iniciativa privada, muito pode fazer para este Brasil carente de honrados e competentes homens públicos que queiram, de fato, caminhar em busca de solução, na política, para os graves problemas nacionais, entendendo como ele entende, ao escrever: “Compete a nós, integrantes das elites brasileiras, assim como a toda sociedade, opormo-nos de forma clara aos ataques à democracia para fortalecer a ordem pública nacional e o Estado de Direito constitucional, saindo da passividade e da contemplação para agirmos com efetividade nos nossos ambientes de influência”.

O preparo intelectual, e o profundo conhecimento dos problemas nacionais, a partir das questões cearenses, o berço de sua família (o senador Macêdo nasceu em Camocim) são garantias de, se eleito, ele muito poderá fazer no Senado na defesa das questões sociais, econômicas e políticas. Aliás, no site do Senado, o último pronunciamento do senador José Macedo foi em defesa da Reforma Agrária, tema, na época, rejeitado pelas “elites” de que fala o empresário, ao dizer que parte delas “em sua insensibilidade e ignorância, não vê a potencialidade destruidora de uma força social descontrolada, desorganizada e crescente, dos que não têm mais nada a perder e que poderão passar a agir no tudo ou nada”.

A política nacional precisa de mais pessoas com os valores de Amarílio. O PSDB, na pessoa do senador Tasso Jereissati, responsável pela indicação do candidato ao Senado, na coligação encabeçada pelo PDT, dá mais uma contribuição para melhorar os quadros da política cearense.

Veja o comentário do jornalista Edison Silva: