Sargento Reginauro foi o único político que prestou depoimento e indiciado pela CPI. Foto: ALCE

O vereador Sargento Reginauro (UB), pré-candidato a deputado estadual, se posicionou sobre recomendação da “CPI do Motim”, que indiciou ele e mais dois. No caso do parlamentar, ele é apontado como tendo participado de motim, mesmo estando na função de militar e presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS). Ele chamou o relatório de “abusivo, com a intenção de atingir a oposição com narrativas meramente políticas”.

“Será que pode abrir uma CPI sobre a CPI? Porque uma Comissão Parlamentar de Inquérito que: comete abusos, utiliza provas não periciadas para fazer um relatório, utiliza testemunhas que não poderiam, legalmente, testemunhar de maneira oficial – como foi o caso do policial Elton Régis, afastado da Polícia Militar por problemas psiquiátricos, é no minimo absurda”, apontou.

“Trata-se de um relatório abusivo, com a intenção de atingir a oposição com narrativas meramente políticas”, disse Reginauro. Segundo ele, o relator, Elmano de Freitas, que pe líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Casa estaria tentando retirar direitos de entidades que defendem os direitos de trabalhadores. “É um circo dos horrores, que apenas gasta o dinheiro público para fazer o que já está sendo feito, até porque o Ministério Público do Ceará (MPCE) já tem esse inquérito em andamento”.

“A CPI é desnecessária desde a sua concepção, já que depois de onze meses a Comissão propõe ao Ministério Público que me indicie, quando na verdade o Ministério Público já está com essa investigação em curso sobre todas as associações e está ouvindo todas as partes” – (Sargento Reginauro)

Reginauro também endossou falas que foram feitas por Soldado Noelio (UB), membro da CPI que se opôs ao relatório aprovado no colegiado. Segundo ele, a Assembleia poderia investigar a Enel, as facções criminosas, ou até a Cagece, “mas lamentavelmente prefere gastar tempo e dinheiro público para investigar entidades que apenas cumprem uma função, que era dever do Estado cumprir”.