Para Randolfe, é possível que a CPI seja instalada ainda neste semestre, antes do recesso parlamentar que começa em julho.  Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado.

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (23), o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) informou que já conseguiu o número mínimo de assinaturas de senadores necessárias para a criação da CPI do MEC. Para a criação de uma comissão parlamentar de inquérito no Senado, é necessário o apoio de pelo menos 27 senadores. Randolfe disse que já tem 28 assinaturas. Além disso, ele afirmou que espera conseguir mais apoios nos próximos dias.

Na relação de assinaturas apresentadas pelo senador estão os senadores cearenses Cid Gomes (PDT) e Tasso Jereissati (PSDB). O senador Eduardo Girão (Podemos), não assinou o pedido de instalação da CPI. Girão, dos três senadores do Ceará, é o único aliado do Governo Bolsonaro.

— Não protocolaremos ainda no dia de hoje [quinta-feira] esse requerimento de comissão parlamentar de inquérito. Aguardaremos pelo menos até a próxima terça-feira — disse Randolfe, acrescentando que fará isso para garantir que não haja risco de “derrubada” do requerimento.

Para Randolfe, é possível que a CPI seja instalada ainda neste semestre, antes do recesso parlamentar que começa em julho. Mas ele reconheceu que os trabalhos de investigação só devem começar em agosto — após o recesso.

— Há alguma dúvida de que houve um esquema tenebroso de tráfico de influência no âmbito do Ministério da Educação? — questionou Randolfe ao defender que a CPI, se instalada, investigue não só as denúncias contra o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, mas também as suspeitas de irregularidades no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

De acordo com Randolfe, o requerimento que pede a criação da CPI do MEC já tem as seguintes assinaturas:

1. Randolfe Rodrigues

2. Paulo Paim (PT-RS)

3. Humberto Costa (PT-PE)

4. Fabiano Contarato (PT-ES)

5. Jorge Kajuru (Podemos-GO)

6. Zenaide Maia (Pros-RN)

7. Paulo Rocha (PT-PA)

8. Omar Aziz (PSD-BA)

9. Rogério Carvalho (PT-SE)

10. Reguffe (União-DF)

11. Leila Barros (PDT-DF)

12. Jean Paul Prates (PT-RN)

13. Jaques Wagner (PT-BA)

14. Eliziane Gama (Cidadania-MA)

15. Mara Gabrilli (PSDB-SP)

16. Nilda Gondim (MDB-PB)

17. Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB)

18. José Serra (PSDB-SP)

19. Eduardo Braga (MDB-AM)

20. Tasso Jereissati (PSDB-CE)

21. Cid Gomes (PDT-CE)

22. Alessandro Vieira (PSDB-SE)

23. Dário Berger (PSB-SC)

24. Simone Tebet (MDB-MS)

25. Soraya Thronicke (União-MS)

26. Rafael Tenório (MDB-AL)

27. Giordano (MDB-SP)

28. Izalci Lucas (PSDB-DF)

Fonte: Agência Senado