Walter Souza Braga Netto e o presidente Jair Bolsonaro. Foto: Presidência da República.

O Programa do Blog do Edison Silva, desta terça-feira (28), começou dizendo que os candidatos a vice, querem de prefeitos, governadores e do presidente da República, o reconhecimento por terem sido escolhidos para fortalecimento das chapas.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), na sua tentativa de reeleição, fez diferente: escolheu o general da reserva Walter Braga Netto, não para ter mais chances de vencer, mas como uma garantia de que ele não poderá o tirar do poder, caso vença o pleito de outubro. A base política de Bolsonaro queria uma mulher como vice, para ajudar a conquistar mais votos do eleitorado feminino, onde ele não está bem, mas contrariou a todos.

Diferentemente do seu principal concorrente, Lula, o primeiro a escolher seu vice. O petista buscou um ex-adversário, Geraldo Alckmin (PSB), ex-PSDB, onde já governou o estado de São Paulo, para ajudá-lo a ganhar as eleições, fazendo um contraponto ao comportamento esquerdista do ex-presidente. 

Lula, aliás, repetiu a mesma fórmula quando venceu sua primeira eleição ao Palácio do Planalto, em 2002, quando foi buscar o empresário mineiro José Alencar, à época, filiado ao PL, de pensamento oposto ao do petista. Alencar foi vice de Lula em seus dois mandatos presidenciais.

Os demais candidatos a presidente ainda não definiram os seus vices. A senadora Simone Tebet já decidiu que seu vice será indicado pelo PSDB, por isso, tem falado quanto ao nome do senador cearense Tasso Jereissati. Já Ciro Gomes, num primeiro momento, andou admitindo a possibilidade da ex-ministra Marina Silva (Rede) ser sua companheira de chapa, mas sua sigla está dentro da campanha do ex-presidente Lula.

Assim, o presidenciável cearense poderá indicar um nome do próprio partido, posto, até agora, não ter formado nenhuma aliança partidária, de onde possa sair o nome a vice. O demais nomes, na opinião de Edison Silva, não motivam interesse em saber quais seus vices, pois a polarização da campanha só tem chamado mais a atenção para as ações de Lula e Bolsonaro, restando alguns espaços para Ciro, pela sua condição de terceiro colocado e de Simone, pela importância dos dois partidos de sua coligação, o Cidadania e PSDB. 

No cenário nacional, hoje, as atenções políticas estão voltadas para o pedido de instalação de uma CPI para investigar suspeitas de corrupção no MEC, liderada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP). 

Ele havia conseguido 28 assinaturas de senadores e buscava duas outras, para evitar a surpresa de algum parlamentar, podendo retirar sua assinatura, por acabar inviabilizando o pedido que exige um mínimo de 27 assinaturas, um terço da composição do Senado.

Existem vários casos de senadores, deputados estaduais e federais, nos seus respectivos espaços, de assinarem pedidos de CPIs e, logo depois, retirarem suas assinaturas, por pressão ou facilidades oferecidas pelos governantes, demonstrando o tipo de parlamentar que é, quem assim procede.

A CPI do MEC, depois dos escândalos dos pastores ligados ao ex-ministro Milton Ribeiro, se de fato for instalada, pode ter elementos polêmicos, com consequências políticas para o governo Bolsonaro, maiores que o da CPI da Covid, ocorrida em 2021, além do fato de acontecer no momento decisivo da campanha eleitoral.

A Folha de S.Paulo, desta terça-feira, publicou uma extensa matéria quanto aos números das últimas pesquisas publicadas pelo Instituto Datafolha, para admitir que a disputa presidencial, deste ano, acabará no primeiro turno, mantendo-se a polarização entre Jair Bolsonaro e Lula, como está há um certo tempo.

Logo após a publicação da última pesquisa pelo Datafolha, na última quinta-feira (23), o Blog do Edison Silva opinou no mesmo sentido do jornal paulista, admitindo que, nos próximos meses – julho, agosto e setembro, acontecendo um fato extraordinário, o quadro pode mudar, pois, em política, tudo é possível.

Ciro está em Londres, participando de um evento internacional. Ele foi o único dos candidatos a presidente da República com espaço para falar, mas seu discurso não foi relacionado à sucessão presidencial, embora o pedetista cite que o principal problema do brasileiro seja o político.

Foi noticiado, ontem, neste espaço, que o Governo de São Paulo havia reduzido a alíquota do ICMS sobre os combustíveis para 18%. Era 25%. Segundo o Governo local, o estado de Goiás fez o mesmo. Logo em breve, todos os demais estados da Nação terão que reduzir a alíquota do ICMS para cumprir a legislação federal, sancionada pelo presidente Bolsonaro, na última semana, ordenando que o novo imposto passe a vigorar a partir do dia 1° de julho.

Hoje, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB/PE), relator da PEC que garante aos estados recompensas, por parte da União, pelas perdas na arrecadação do ICMS, deve entregar seu relatório, para que a matéria seja votada, amanhã, pelos senadores. Hoje, 11 governadores, inclusive Izolda Cela (PDT), entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo, onde contestam a constitucionalidade da lei sancionada pelo presidente da República.

Sobre Bolsonaro, ele deu a entender, nesta segunda-feira, que dará uma trégua em relação à questão de impostos para reduzir o preço dos combustíveis e mudanças no comando da Petrobras, após a posse do novo presidente da estatal, Caio Mário Paes de AndradeCaio Mário não tem relação com o cearense Antônio Paes de Andrade, ex-presidente da Câmara Federal.

O Blog do Edison Silva na Rádio Assunção Cearense vai ao ar de segunda a sexta, das 11h45 às 12h15, logo ​após o programa “É Tempo de Bola”.

Assista ao programa desta terça-feira (28/06):