Wagner em evento do União Brasil em Fortaleza. Foto: Miguel Martins/Blog do Edison Silva.

O Programa do Blog do Edison Silva, desta quarta-feira (08), começou do novo momento da campanha presidencial do presidenciável Ciro Gomes (PDT).

A partir da próxima semana, com encontros regionais no País, começando no dia 15 de junho, em Fortaleza, com a participação de lideranças nacionais do PDT de vários estados brasileiros, especialmente os nordestinos.

Com tais ocasiões, Ciro Gomes busca a ocupação de mais estados, principalmente pela razão das dificuldades localizadas em alguns centros do Brasil, devido à pluralidade de palanques, ou sendo mais preciso, por conta da necessidade dos candidatos locais ter ou pretender o apoio de partidários de outras siglas, com postulantes à presidência da República. O evento da capital cearense também promoverá o nome do PDT ao governo do Ceará, ainda desconhecido.

A oposição cearense começa a dar sinais de estar montando uma estrutura profissional visando à disputa da sucessão da governadora Izolda. O União Brasil, partido de Capitão Wagner, principal nome oposicionista cearense e atualmente cotado como nome natural ao Governo do Ceará, começou a trabalhar com o devido assessoramento de um profissional experiente em campanha eleitoral majoritária, uma delas, bem sucedida no pleito passado, de 2018.

Já é possível notar que o próprio Capitão Wagner já não tem mais, como principal item do seu discurso, a segurança pública, embora esse tema não seja abandonado. Ele quer distância do debate sobre a atenção dada à pandemia do Covid-19 e os efeitos dela resultados. Por fim, Wagner deverá ficar distante das discussões dos quais o presidente Jair Bolsonaro (PL) é criticado, focando em propostas que o identifique como diferente. 

As pesquisas, item praticamente inexistente em campanhas anteriores dos oposicionistas, hoje norteiam as  definições dos discursos e propostas do candidato. Por certo, vamos ter uma campanha mais disputada ainda comparada a de 2014, quando Eunício Oliveira (MDB) disputou e foi derrotado pelo ex-governador Camilo Santana (PT). Esse avanço demonstrado pela oposição é mais um complicador para a base governista, na discussão a respeito do seu candidato a governador.

A sessão de ontem da CPI das Associações de Militares, como já foi antevisto por este Programa, acrescentou mais um dado complicador para o deputado federal Capitão Wagner, o deputado estadual Soldado Noelio e o vereador Sargento Reginauro. 

Hoje, o deputado estadual Romeu Aldigueri (PDT), um dos autores dos pedidos de instalação do colegiado, destacou a apresentação do áudio que parece comprometer o atual presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), Cleyber Araújo. Araújo, novamente, foi depor à CPI e passou à condição de indicado.

Os nomes que polarizam a corrida presidencial, Lula e Bolsonaro, como já foi reportado aqui, parecem desconhecer a existência de outros nomes na disputa. O petista e o liberal não respondem às críticas de outros postulantes feitas contra eles, preocupando-se em dirigirem-se um ao outro. O Jornal O Globo destacou esta realidade numa de suas matérias.

A decisão dos ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por 3 votos a 2, tornando sem efeito a liminar do ministro Nunes Marques, que suspendeu uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao cassar o mandato do deputado estadual do Paraná Fernando Francischini (União Brasil). O ministro André Mendonça foi o segundo voto contra a decisão do TSE. Votaram favoráveis à cassação: Edson Fachin, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. E isto irritou o presidente Bolsonaro, que, mais uma vez, esbravejou contra os ministros do STF.

A questão da redução de alíquotas do ICMS em cima de combustíveis e outros produtos, continua dominando o debate político e da economia nacional. A Câmara dos Deputados aprovou um projeto reduzindo o Imposto para 17% e, agora, esta pauta depende de votação no Senado Federal.

Na segunda-feira última, o presidente Bolsonaro acrescentou à discussão uma Proposta de Emenda à Constituição, que ainda encaminhará ao Congresso Nacional, zerando a cobrança de ICMS pelos estados para o óleo diesel, prometendo, ainda, compensar os estados até o final do ano pela perda de arrecadação.

Em Brasília, ainda na terça-feira, governadores e secretários de Fazenda estaduais passaram o dia em reuniões, mas ainda sem consenso. O relator do projeto aprovado pela Câmara, que vai para votação no Senado, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB/PE) prometeu entregar seu relatório ainda hoje, para, se possível, ser votado amanhã. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD/MG) falou a respeito deste imbróglio.

Antes, também em entrevista coletiva, o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (Progressistas/AL), tratou do problema.

Também comentamos quanto à expectativa da efetivação da coligação do PSDB com o Cidadania e o MDB, em apoio à candidatura presidencial da senadora Simone Tebet (MDB).

O Blog do Edison Silva na Rádio Assunção Cearense vai ao ar de segunda a sexta, das 11h45 às 12h15, logo ​após o programa “É Tempo de Bola”.

Assista ao programa desta quarta-feira (08/06):