Izolda Cela e deputados estaduais. Foto: Divulgação/Redes Sociais.

Alguns deputados sentem-se incomodados e outros fazem brincadeiras, na formação da fila para inscrição de uso da tribuna da Assembleia Legislativa que é feita na madrugada. Apareceu em deputado novato (suplente), conhecido como roncador. O seu ronco chega a interferir nas conversas dos colegas e vira motivo de chacota. 

As sessões da Casa são divididas em dois momentos, no que diz à utilização da tribuna: primeiro e segundo expediente.

No primeiro, seis deputados têm até 15 minutos para fazer uso da fala e, no segundo, também seis parlamentares podem falar pelo mesmo tempo. No restante da sessão, os deputados podem falar por mais tempo. Por conta desta limitação, os interessados em falar chegam pela madrugada na Assembleia para inscreverem-se alguns dormem nas confortáveis cadeiras. 

A governadora Izolda Cela (PDT) limitou o número de pessoas levadas por deputados às suas audiências para, no máximo, cinco, tendo que marcar com um grupo de prefeitos, num dia, e o segundo e terceiro grupo, se tiver, em outros dias.

Alguns deputados com o maior número de prefeitos, como já disseram ao Blog do Edison Silva, sentem-se constrangidos, pois, para levarem seus prefeitos e lideranças, precisam dividi-los em grupos. Alguns não entendem porque ficaram para a segunda ou terceira leva no encontro com a governadora.

Outro ponto é destacado: o mesmo deputado não é recebido mais de uma vez no mesmo dia, tendo que marcar com um grupo de prefeitos, em um dia, e o segundo e terceiro grupo, se tiver, em outras ocasiões. Izolda, na opinião do apresentador do Programa, estabeleceu este critério para ter mais oportunidade de ouvir cada um dos prefeitos. Por outro lado, os deputados têm razão, por ser difícil explicar ao seu correligionário que todos não podem ir ao mesmo encontro.

A bancada federal do PDT, repetindo a mesma ação da estadual, também publicou uma nota de solidariedade à campanha presidencial de Ciro Gomes. Segundo Edison Silva, esta ação é inexplicável, pois, por serem do PDT, era esperado que Ciro fosse o candidato a presidente do grupo. Este comportamento pode parecer que Ciro Gomes não é o candidato a presidente da República da bancada.

No cenário político nacional, ontem, foi de parcial trégua para os problemas da Petrobras e os aumentos dos combustíveis. A prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, da Educação, dominou e ainda domina o debate político nacional. Todos os principais jornais nacionais deram manchete à prisão de Milton.

A saúde e educação, duas das partes mais sensíveis da administração pública, em todas as esferas do poder, são constantemente assaltadas, juntamente com o setor de infraestrutura, onde também é grande seu Orçamento. O Estadão de hoje relembra de outros casos de corrupção envolvendo recursos da educação.

O vereador de Fortaleza Ronivaldo Maia (PT), acusado de feminicídio, foi expulso do PT do Ceará. A sigla ficou rachada, pois a decisão teve que ser pelo voto de minerva do presidente estadual do diretório, Antônio Filho. Ronivaldo poderá recorrer da decisão do diretório nacional.

Ainda quanto à prisão de Milton Ribeiro, dentre as muitas reações de políticos, destacou-se a do senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP), em defesa da instalação de uma CPI para apurar irregularidades no MEC, logo no primeiro momento das denúncias de um “ministério paralelo” com pastores amigos do ministro e do presidente Bolsonaro. Entretanto, o governo abafou o movimento e Randolfe não conseguiu as assinaturas necessárias para abrir uma Comissão – o mínimo são 27, ou seja, ⅓ do Senado.

Rodrigo Pacheco (PSD/MG), presidente do Senado Federal, é cauteloso em relação à instalação de CPIs, principalmente no momento eleitoral, que, por fim, acaba servindo de palanque político para seus integrantes.

O presidente Bolsonaro, no caso da prisão do ex-ministro da Educação, experimentou mais um constrangimento, tanto pela insistência de afirmar a não existência de corrupção no seu governo, como pelo fato de ter, em uma de suas lives, dito que “colocaria a cara no fogo”, em defesa de Milton. 

Ontem, porém, além de não repetir esta afirmação, admitiu que Milton “andou fazendo algo não tão republicano, por isso a Polícia Federal tinha o prendido”. Na verdade, a PF só cumpriu uma ordem judicial, sendo preso por uma decisão de um juiz.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas/AL), ontem, ofereceu um jantar, em sua residência oficial, ao ministro do STF, Gilmar Mendes, por ter completado 20 anos na Suprema Corte.

Gilmar, hoje, é o decano da Corte, antes ocupado pelo ministro Celso de Mello, aposentado em 2020. Nesta ocasião, além de outros ministros do Supremo, também estava Jair Bolsonaro e outras autoridades. O destaque do jantar foi o encontro reservado entre o chefe do Executivo e o ministro Alexandre de Moraes, a quem Bolsonaro já fez diversas críticas públicas.

O risco é, depois, como já fez o presidente da República em outras vezes, dizer que, nessa conversa, tenham acertado algum acordo nada republicano, resultando em possíveis danos a Alexandre. 

O Blog do Edison Silva na Rádio Assunção Cearense vai ao ar de segunda a sexta, das 11h45 às 12h15, logo ​após o programa “É Tempo de Bola”.

Assista ao programa desta quarta-feira (23/06):