Petista defende que o Partido dos Trabalhadores eleja 80 deputados federais e acredita que Minas, São Paulo e Rio de Janeiro serão essenciais para eventual vitória já no primeiro turno. Foto: Reprodução/Youtube

Principal liderança política no Partido dos Trabalhadores (PT), o deputado federal José Nobre Guimarães afirmou que, diferente de outros estados do Nordeste, o Ceará é exceção no que diz à alianças para a disputa ao Executivo Estadual. O parlamentar destacou, em entrevista a um canal no Youtube, na manhã desta quarta-feira (22), que a sigla mantém defesa no nome de Izolda Cela à reeleição é “topar” ou não.

Caso o PDT não aceite o nome da atual governadora para a disputa eleitoral, Guimarães afirmou que o PT tem um plano B. Segundo interlocutores petistas, uma das ideias seria a legenda apresentar um nome para as eleições, em eventual aliança com o MDB. Isso, porém é algo que pode acontecer caso a sigla pedetista apresente Roberto Cláudio como seu candidato, o que é defendido por algumas lideranças do partido aliado, inclusive, por Ciro Gomes, Sarto e Carlos Lupi.

“Temos um encontro marcado para o dia 2 de julho. Nós apresentamos um caminho que preserva a aliança com o PDT, que é a vice-governadora, que assumiu, e é natural que ela seja candidata à reeleição. É o que deseja o Camilo e o PDT do Ceará todo. Cabe ao PDT analisar e topa ou não. Se não toparem, cabe ao PT analisar e buscar outros caminhos, até  o caminho da candidatura própria”, disse.

Guimarães repetiu o mantra de que defende a continuidade da aliança mas “não a qualquer custo e qualquer preço“. “O PT tem o seu caminho, temos o plano A e o plano B”, afirmou. Ainda de acordo com ele, em praticamente todos os estados brasileiros há definições de alianças, com exceção do Ceará, no Nordeste.

“Mesmo que o Ceará não tenha batido o martelo, temos plano A e plano B. Temos palanques bem consolidados no Nordeste, no “triângulo das bermudas”, que é Rio, Minas e São Paulo. Se o Lula ganhar bem em Minas e São Paul, e for bem no Rio, a eleição vai para o primeiro turno”.

Lula

Na próxima segunda-feira (27), Guimarães deve se reunir com Lula e  Gleisi Hoffman, onde vão definir as alianças nos estados, e o Ceará estará na pauta de debate. No dia 2 de julho o partido realiza seu encontro estadual e define como se comportará no pleito deste ano. Em seguida, nos dias 8 e 9 de julho será a vez do encontro nacional e convenção logo nos primeiros dias da abertura do prazo para apresentação dos candidatos.

A meta do PT para 2022 é eleger ao menos 80 deputados federais, bem acima dos 54 eleitos em 2018. O partido acredita que PCdoB, PSOL, PSB, Rede e PV possam aumentar suas bancadas e aguarda estar ao lado de PDT e parte do MDB e PSD em um eventual Governo de Lula. “Queremos juntar todo mundo e fazer 250 deputados. Vamos ter duas tarefas gigantes, que é ampliar a força no Congresso e organizar o povo para sustentar as mudanças que vamos propor”, avaliou.