Ciro Gomes acredita que nome do PDT deve ser definido até a primeira quinzena de julho. Foto: CMFor

O presidente estadual do PDT, o deputado federal André Figueiredo, afirmou ao Blog do Edison Silva que o nome do candidato pedetista ao Governo do Estado deve ser definido até o fim deste mês, enquanto que o presidenciável Ciro Gomes falou em decisão até a primeira quinzena de julho. A demora para a escolha da sigla tem causado tensão não somente nos partidos aliados, mas também entre a oposição, que definirá rumos somente após escolha da base governista.

Durante o encontro regional do PDT, realizado na quarta-feira passada, alguns dos presentes reclamavam entre si que já tinha passado da hora de as lideranças pedetistas apresentarem o nome para a disputa eleitoral deste ano. Dentre os nomes colocados pelo partido estão a governadora Izolda Cela, o ex-prefeito Roberto Cláudio, o deputado federal Mauro Filho e o estadual Evandro Leitão.

Na base governista, algumas lideranças partidárias já definiram apoio a um dos nomes apresentados. PT, PP e MDB já sinalizaram defesa do nome da governadora Izolda Cela à reeleição, tanto que tais posicionamentos têm gerado rusgas entre líderes do PDT e dirigentes desses partidos, em especial a sigla petista.

Os três deputados federais do PT, dentre eles José Guimarães, que tem relação mais próxima com a direção nacional da sigla, já sinalizaram possibilidade de rompimento da aliança caso Izolda não seja a escolhida. O partido, inclusive, chegou a remarcar para o dia 2 de julho o seu encontro de tática eleitoral, visto que aguardava que o nome pedetista fosse apresentado até o fim de junho. Na reunião, segundo informou o presidente da sigla, Antonio Filho, o “Conin”, é nesta data que a agremiação poderá definir sobre a aliança com o PDT.

MDB vai na mesma linha, com algumas possibilidades de decisão sobre alianças dependendo da decisão pedetista. De acordo com o líder do partido na Assembleia, Leonardo Araújo, o partido poderá apoiar o PDT, desde que o nome escolhido não seja Roberto Cláudio. Também pode se alinhar com o PT em uma coligação, caso os petistas rompam com os pedetistas e haja definição de aliança. A sigla emedebista pode até apoiar o nome de Capitão Wagner, do União Brasil, principal opositor no Estado.

Capitão Wagner, apesar de já ter definido a cabeça de chapa, ainda aguarda as definições de demais partidos, inclusive, aqueles que estão na base governista atualmente, para indicar os nomes para compor a coligação majoritária.

Isso também depende da escolha do PDT, já que vai influenciar, segundo ele, na composição oposicionista. O postulante ainda acredita na possibilidade de alianças com MDB e até PSD, este último atualmente tentando se consolidar como nome a vice-governador na base aliada.