Audic Mota disse que vai ficar reverberando o assunto nas próximas sessões. Foto: Miguel Martins.

Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa do Ceará, na manhã desta quarta-feira (18), o deputado Audic Mota criticou a falta de diálogo dentro da base governista sobre o processo de sucessão no Estado e defendeu a participação do MDB, seu partido, no debate.

Segundo ele, a discussão não pode se limitar a apenas a duas agremiações, como tem ocorrido nas últimas semanas no impasse entre PT e PDT quanto ao nome do grupo aliado.

“O MDB teve participação marcante no desenvolvimento do Ceará nos últimos anos. É a terceira maior bancada da Assembleia Legislativa e terceira maior força no Ceará. O diálogo não pode ser só entre PT e PDT, outros atores devem ser chamados a dialogar. Um diálogo mais aberto, que seja a construção de uma aliança. Não deve só debater nomes sem discutir a aliança”, apontou o parlamentar.

Na avaliação de Audi Mota, o MDB tem uma bancada capaz de construir um projeto de qualquer natureza, inclusive, para a disputa majoritária, como ocorreu em 2014, quando o então candidato ao Governo do Estado pela sigla, o ex-senador Eunício Oliveira, foi ao segundo turno e derrotado por Camilo Santana do PT. “É preciso diálogo com o MDB. É necessário que a construção de aliança seja de muitas mãos”, defendeu.

Ainda de acordo com ele, existem declarações de membros de partidos querendo montar chapas sem diálogo com aliados, “querendo mostrar que é uma aliança, quando na verdade não é”. “Vivemos em uma democracia, onde o diálogo é a premissa básica de qualquer aliança, de qualquer formatação de projeto. Esse debate é importante e passarei a reverberar na Assembleia. Acredito que a Assembleia tem que dialogar isso, não só em salas fechadas”, defendeu.

Durante seu pronunciamento, Audic Mota também destacou que vai levar à reunião da Mesa Diretora, na manhã desta quinta-feira (19), o tema das audiências públicas. Segundo ele, devido a pandemia, muitos dos debates da Casa Legislativa foram prejudicados e ainda não aconteceram. “Levarei esse assunto à Mesa para que possamos dar prioridade às audiências públicas, porque recebi essa cobrança da sociedade”, disse.