Prefeito Sarto concedeu entrevista à rádio FM Assembleia na manhã desta segunda-feira (16). Foto: ALECE.

O prefeito de Fortaleza, José Sarto Nogueira (PDT), voltou a defender o nome de Roberto Cláudio para a disputa eleitoral deste ano ao Governo do Estado pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). Durante entrevista à FM Assembleia, o chefe do Poder Executivo de Fortaleza também criticou a oposição do Partido dos Trabalhadores (PT) quanto à postulação do pedetista, e disse que a agremiação petista precisa fazer um “mea culpa” pelo seu passado.

Na avaliação de Sarto, a maturidade dos quadros pedetistas é quem deve nortear o debate político nas próximas semanas. Ainda de acordo com ele, a sigla não vai para o embate eleitoral sozinha, e precisa ouvir os aliados. “Todos os nossos pré-candidatos têm virtudes que são reconhecidas, mas o Roberto Cláudio, na minha opinião modesta, é quem reúne todas as condições para enfrentar um debate ácido, que por vezes, foge da razão. É quem tem o traquejo, é jovem, tem experiência de administração fantástica”, disse.

Sarto foi o primeiro líder político a defender o nome de um dos quatro pré-candidatos do PDT, o que levou outros nomes a posicionarem suas preferências. Durante entrevista, na manhã desta segunda-feira (16), ele voltou a dizer que Roberto Cláudio é o nome preparado para a disputa. “Mas tem esses outros candidatos que o partido deve começar a ouvir sobre o que poderia ou quem melhor representaria o projeto que não pode parar. O que não pode acontecer é que vaidades possam tocar fogo e contaminar esse processo”.

Ainda de acordo com o prefeito, o ex-governador Camilo Santana, pelo que demonstrou durante sua gestão, tem que ser ouvido. “É o protagonista da sua sucessão. É ele quem deve ser ouvido”, apontou Sarto. O pedetista também se posicionou sobre a sucessão presidencial e imposições que estariam sendo feitas por petistas, que defendem que Ciro Gomes retire sua pré-candidatura em apoio ao nome de Lula.

Para Sarto, isso é impossível de acontecer, mas ele defende a prevalência do bom senso. “O ex-presidente Lula tem sua história e um passivo a defender no que diz respeito à corrupção de parcela do partido dele. O Lula ficou preso 500 dias, remoendo mágoas. Ele tem 78 anos, com a mágoa como conselheira. Acho que o Lula deve compreender que ele é um homem, não uma entidade. Por vezes, as pessoas que defendem a candidatura dele, o tratam como deus. A gente tem que tratar a coisa de forma racional”.

Antipetismo

Ainda segundo Sarto, diante a crise pela qual passa o País, seria prudente para o Partido dos Trabalhadores “fazer o mea culpa”. “Ou o Eduardo Cunha está mentindo? O Vaccari foi preso de graça? Seria mais justo com a população. Se essa postura não vier, aí começa a ter sérias dúvidas. Quem elegeu o Bolsonaro foi o antipetismo. Vocês têm que fazer a sua reflexão. Não existe isso de ungido”.

Para o prefeito de Fortaleza, quem melhor representa o País é o pedetista Ciro Gomes. De acordo com ele, a tese de desistência do presidenciável é uma manobra para tirar o foco do verdadeiro projeto, que é o projeto de Brasil. “Eu votarei nele em todas as circunstâncias. Essa é a reflexão de que temos que fazer. Estamos elegendo um presidente, não é uma cruzada de fé. Um mito A versus um mito B? Os dois não são mitos”, disse.

Veja trecho da entrevista do prefeito Sarto Nogueira: