Presidente Bolsonaro com o amigo deputado federal Daniel Silveira (PTB/RJ). Foto: Reprodução/Redes Sociais.

Uma pesquisa feita pelo Instituto Ipespe, divulgada nesta semana, apresenta uma notícia ruim para o presidente da República, Jair Bolsonaro: de acordo com o levantamento, a maioria da população do Brasil reprovou a graça por ele concedida ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), que havia sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal a oito anos e nove meses de reclusão.

O STF entendeu que Silveira praticou os crimes de coação no curso do processo (artigo 344 do Código Penal) e tentativa de impedir o livre exercício dos poderes da União (artigo 23 da Lei de Segurança Nacional — Lei 7.170/1973).

A pesquisa do Ipespe mostrou que 56% dos brasileiros desaprovaram o perdão constitucional oferecido por Bolsonaro a seu aliado. Enquanto isso, 29% dos entrevistados disseram aprovar a graça ao deputado e 15% deles não souberam opinar.

Um segundo resultado desagradável para o presidente — consequência natural do primeiro — foi que mais de um terço dos entrevistados (35%) afirmou que o indulto individual a Daniel Silveira reduz as chances de decidir votar em Bolsonaro nas eleições presidenciais marcadas para outubro. Para 31% dos eleitores, a “bondade” do presidente não altera suas chances de votar nele e apenas 20% disseram que, por causa da graça, aumentou a possibilidade de voto no atual ocupante do Palácio do Planalto.

Na mesma
A pergunta sobre Daniel Silveira foi uma das muitas feitas aos entrevistados na pesquisa do Ipespe, sendo a mais importante delas a que trata da intenção de voto em outubro. E, nesse aspecto, o trabalho do instituto não trouxe novidades.

Na pesquisa estimulada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece com 44% das intenções de voto, contra 31% de Bolsonaro. Em um distante terceiro lugar está Ciro Gomes, com 8%. Em comparação com a pesquisa anterior do Ipespe, divulgada no começo de abril, apenas Lula se movimentou, e assim mesmo muito levemente — ele caiu de 45% para 44%.

Na simulação do segundo turno entre o ex-presidente e o atual, o placar é de 54% a 34% para Lula, exatamente o mesmo resultado do levantamento feito pelo instituto no mês passado.

Fonte: site ConJur.