Camilo Santana tem interesse na parceria entre PDT e PT. Foto: Divulgação.

Os petistas cearense acabaram publicando uma nota, na noite de quarta-feira (4), depois da reunião dos dirigentes estaduais, mantendo a decisão de continuar aliado ao PDT na sucessão no Estado. Na nota está o repúdio do PT às declarações do presidenciável Ciro Gomes (PDT) que, no dia anterior, terça-feira (03), acusou de corruptos alguns petistas cearenses, sem nomeá-los.

Ele falava da aliança do PDT com o PT, numa entrevista ao Sistema Jangadeiro, quando disse não aceitar pressão na escolha do nome pedetista na disputa do Governo do Ceará. A reação dos petistas veio de imediato, com a insinuação de que o acordo poderia ser rompido por conta das falas de Ciro.

O ex-governador Camilo Santana (PT), um dos maiores interessados na parceria PT/PDT, foi o primeiro a reagir, mas ao modo dele, inclusive dizendo que numa aliança ampla como é o da base governista, “ninguém decide sozinho”.

Talvez isso seja um recado para o PT que, na coligação, já tem um nome definido na chapa majoritária, o do próprio Camilo ao Senado, cabendo às demais siglas escolherem outros nomes. Antes da reunião de quarta-feira (4), o presidente do PT/Fortaleza, vereador Guilherme Sampaio, falou ao Blog.

A deputada federal Luizianne Lins (PT) – cujo nome foi citado por Ciro, lembrando sua administração como prefeita de Fortaleza, nas áreas da educação e saúde, e a ajuda indireta dada ao deputado Capitão Wagner (União/CE), no pleito municipal de 2020, quando omitiu-se de apoiar o atual prefeito, José Sarto (PDT), nome apoiado por Camilo – nada falou publicamente diante das afirmações do presidenciável.

Os jornais Estadão e Valor Econômico destacaram nesta quinta-feira (5), em seus sites, o trabalho do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (Progressistas/AL), para aprovar o projeto de decreto legislativo do deputado Domingos Neto (PSD/CE), revogando a decisão da Aneel, que concedeu um aumento na conta de luz dos cearenses de, aproximadamente, 25%.

O interesse de Lira é pelo fato do aumento, em percentual pouco menor, atingir os consumidores do seu estado, Alagoas, e da Bahia, Rio Grande do Norte e Sergipe. Ao aumento, neste ano de eleições, prejudica os deputados, daí seu empenho, mesmo entendo que, se a Câmara aprovar a resolução, a questão será judicializada. Mas, mesmo assim, até a data da votação, em outubro, entendem os políticos, que a decisão não estará decidida pela Justiça, levando o caso além do pleito, já para 2023.

Uma matéria publicada no site do Estadão diz o seguinte:

“Com apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira, os deputados querem suspender os aumentos das tarifas de energia de distribuidoras estaduais aprovados este ano pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O setor imediatamente reagiu. O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Marcos Aurélio Madureira, afirmou que a medida é quebra de contratos e pode causar “danos importantes para o setor elétrico”. Ele não descartou uma eventual judicialização caso o decreto avance no Congresso. A votação, com ampla maioria (411 votos a favor), de requerimento de urgência para votação de decreto legislativo assustou as empresas do setor porque, se aprovado, o projeto pode ter efeito geral e suspender reajustes em outros Estados, passando por cima da decisão do órgão regulador. Consumidor vai pagar R$ 30 bi a fundo do setor elétrico este ano, alta de 54% Em ano de eleições, o reajuste das tarifas de energia tira votos dos candidatos e se soma à alta dos preços dos combustíveis que segue incomodando os parlamentares. 

Uma bateria de requerimentos foi aprovada convocando a Aneel a dar explicações em audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara. A articulação visa a pressionar as empresas e a Aneel, criticada por não dar transparência à decisão. A fatura do reajuste pode acabar sendo repassada para 2023, após as eleições deste ano. Com a urgência do projeto, os parlamentares pressionam para abrir espaço às negociações que possam reduzir o tamanho do reajuste em 2022 ou mesmo alongá-lo, transferido parte dele para o ano que vem. Bolsonaro já prometeu uma queda de 20% nas tarifas de energia. A proposta susta os efeitos de resolução da Aneel, de 19 de abril, que autorizou reajuste de 23,99% nas tarifas de energia de consumidores residenciais no Ceará. O impacto médio para todos os tipos de consumidores é de 24,85% no Estado. A resolução também abarca reajuste na Bahia (Coelba), em média de 21,13%, e no Rio Grande do Norte (Cosern), de 20,26%. Com aprovação da urgência na noite de terça-feira, o projeto poderá ser votado logo pelo plenário. Lira já antecipou que a medida pode “anular atos em geral”. Ele discutiu o projeto com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, na quarta-feira, 4. A estratégia é alterar o texto no plenário para que a medida barre todos os reajustes autorizados pela Aneel nos Estados. O projeto é de autoria do deputado Domingos Neto”.

Na Assembleia Legislativa cearense, o deputado Renato Roseno (PSOL) voltou a falar a respeito da volta da distribuidora de energia elétrica à condição de estatal e retornar a ser chamada de “Coelce”. O socialista sugeriu a realização de um plebiscito para os cearenses decidirem.

Uma pesquisa de consumo interno, portanto impublicável, pois as pesquisas, deste o último mês de janeiro, só podem ser publicadas devidamente registradas na Justiça Eleitoral, está sendo mostrada a todos os adversários do PDT, inclusive a pedetistas.

E esta mostra a posição confortável do ex-presidente Lula (PT), seguido do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de Ciro Gomes, querendo mostrar, com os números, que um candidato a governador apoiado pelo petista vence as eleições, um estímulo aos petistas a romperem a aliança e apresentarem um candidato próprio. Na quarta-feira (4), ao visitar a Câmara Municipal de Fortaleza, o deputado federal Capitão Wagner, candidato da oposição ao Governo do Ceará, falou a este Blog sobre as ações do seu partido.

O deputado federal Luciano Bivar (PE), presidente nacional do União Brasil, oficialmente anunciou a saída de sua agremiação das discussões a respeito de uma candidatura única à presidência da República, representando uma terceira via. O União terá um nome próprio à sucessão de Bolsonaro e, já dito neste programa, não há acordo para a sigla. O MDB tem a senadora Simone Tebet (MS) como presidenciável, o PSDB com João Doria ex-governador de São Paulo como nome à Presidência, e o Cidadania, apresentarem um nome único a encarar a polarização existente entre Bolsonaro e Lula.

Ministros do Supremo Tribunal Federal, no início da sessão da Corte de quarta-feira (4), saudaram o jornalismo brasileiro, destacando a sua importância, no momento onde as fake news, chamadas de “mentiras” pela ministra Cármen Lúcia, agridem a sociedade.

Por fim, o noticioso comentou sobre a implosão entre a parceria envolvendo os partidos Cidadania, MDB, PSDB e União Brasil, que gera uma certa inquietação no Ceará em razão da concretização ou não da Federação Partidária em negociação dos dirigentes do PSDB e Cidadania.

O Blog do Edison Silva na Rádio Assunção Cearense vai ao ar de segunda a sexta, das 11h45 às 12h15, logo ​após o programa “É Tempo de Bola”.

Assista ao programa desta quinta-feira (05/05):