Ciro Gomes é um dos maiores críticos do Governo Lula, mesmo tendo sido ministro do petista entre os anos de 2003 a 2006. Foto: Reprodução.

O Programa do Blog do Edison Silva, desta quinta-feira (26), começou destacando o uso de discursos do presidenciável Ciro Gomes (PDT), por aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), para desgastar a imagem do ex-presidente Lula (PT).

A coluna “Política” do Estadão começou desta quinta (26) dizendo que “integrantes da campanha do presidente Jair Bolsonaro querem ampliar a visibilidade das críticas de Ciro Gomes (PDT) a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Acreditam que, ao evidenciar os ataques de Ciro contra o petista, conseguem neutralizar um potencial movimento de voto útil em Lula no 1º turno – o que poderia levar a uma vitória do petista. Na última pesquisa Ipespe, Lula marcou 44% das intenções de voto e Ciro, 8%, o que somado passaria dos 50%. Um sinal de que a estratégia bolsonarista entrou em campo são postagens feitas por aliados do presidente, como da deputada Bia Kicis (União Brasil/DF) e do delegado Alexandre Ramagem, replicando vídeo em que Ciro diz que Lula não foi inocentado, mas teve o processo anulado no STF”.

Segundo a mesma coluna: “Aliados de Ciro admitem terem sido pegos de surpresa pela iniciativa bolsonaristas – acreditavam que só o PT dizia que as críticas contra Lula”.

E termina: “O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, diz que os bolsonaristas deveriam mostrar também os vídeos em que Ciro chama o presidente de “bandido”, “ignorante”, “belzebu”. Nosso papel é mostrar a nossa diferença dos dois lados. Temos profundas diferenças com Bolsonaro e algumas diferenças com Lula, senão estávamos todos no mesmo palanque”.

Na quarta-feira (25), comentando sobre a candidatura à presidente da República da senadora Simone Tebet (MDB/MS), o apresentador do programa lembrou que têm tucanos defendendo o nome do senador cearense Tasso Jereissati para ser candidato ao Planalto, enquanto outro grupo defende o nome do senador como o vice da chapa da sul-mato-grossense.

Segundo o apresentador do noticiário, é posto em dúvida tal especulação a respeito de Tasso. Também nesta quinta-feira a mesma coluna “Política” do Estadão faz o seguinte registro: “Tasso Jereissati (PSDB/CE) confidenciou a pessoas próximas que se vê pressionado a assumir a vice de Simone Tebet (MDB), caso Eduardo Leite confirme que está fora do páreo – o gaúcho já disse internamente que não quer a vaga. Tasso tem dito que não tem “apetite” pela vice-presidência e que sua família é contra a empreitada, mas pediu mais tempo para pensar”.

O deputado federal Capitão Wagner (União) tem intensificado os encontros regionais de sua agremiação, o União Brasil, no interior do Ceará, com vista à campanha para o governo do Estado, neste ano. Wagner está usando a marca “União pelo Ceará” nesta pré-campanha.

Tal slogan foi utilizado nas eleições estaduais de 1962, quando Virgílio Távora foi eleito governador, apoiado pelo então governador  Parsifal Barroso, que derrotou Virgílio na eleição anterior, em 1958. Na avaliação do jornalista Edison Silva, a “União pelo Ceará” dos anos 60 tinha propósito diferente da atual, encabeçada por Wagner.

Segundo a Folha de S.Paulo, as candidaturas presidenciais de Ciro Gomes, Simone Tebet e Luciano Bivar (União Brasil) ficam fragilizadas com as divergências internas nas suas respectivas agremiações.

Camilo Santana (PT), ex-governador do Ceará, está no interior fazendo campanha. Na quarta-feira (25) ele recebeu o título de cidadania do município de Russas. Lá, fez uma declaração que cala o grupo petista que estimula uma divergência com o PDT. Segundo Camilo, o candidato ao Palácio da Abolição da coligação entre pedetistas e petistas deverá ser escolhido pelo PDT. Ele não disse que seria escolhido de acordo com os aliados, mas pelo PDT.

O parecer do procurador-geral da República, Augusto Aras, no processo que questiona o indulto concedido pelo presidente Bolsonaro ao deputado federal Daniel Silveira (PTB/RJ), condenado à prisão por decisão do STF e à perda do mandato, combinada com a inelegibilidade por oito anos, está “tudo bem”. É ato discricionário do presidente da República, mas o benefício só alcança à condenação quanto à prisão, não alcançando a pena da perda do mandato e inelegibilidade.

O deputado Zezinho Albuquerque (Progressistas) fez na quarta-feira (25) um pronunciamento na tribuna da ALECE defendendo a candidatura à reeleição da governadora Izolda Cela (PDT). Antes, Zezinho mantinha seu nome como um dos pré-candidatos ao Governo do Estado. Nos últimos dias, o parlamentar teve, em mais de uma oportunidade, com a chefe do Executivo cearense, acompanhado de prefeitos que formam sua base aliada, inclusive, sua filha Aline Albuquerque, prefeita de Massapê/CE.

Renato Roseno (PSOL), da tribuna da Assembleia Legislativa, protestou contra a PEC que autoriza a universidade pública a cobrar mensalidades dos alunos. O tema demandará ampla discussão no País.

O Blog do Edison Silva na Rádio Assunção Cearense vai ao ar de segunda a sexta, das 11h45 às 12h15, logo ​após o programa “É Tempo de Bola”.

Assista ao programa desta quinta-feira (26/05):