A governadora Izolda esteve reunida com representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza. Foto: Reprodução/Twitter.

A governadora do Ceará, Izolda Cela, tem demonstrado preocupação com a proposta do deputado federal cearense Danilo Forte (UB), que tramita no Congresso Nacional visando a redução do ICMS para alguns ítens, tais como combustíveis e energia elétrica.

Em café da manhã realizado na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, a chefe do Poder Executivo disse que é preciso “ter bom senso, ao invés de atitudes e interesses eleitoreiros”.

Segundo informou, o Governo do Estado está acompanhando toda a tramitação da proposta na Câmara Federal, através da Secretaria da Fazenda e da Procuradoria do Estado, mas destaca ser importante colocar o tema para um debate mas ampliado. Conforme informou, de todos os impostos arrecadas, em torno de 70% vão para o Governo Federal, restando para municípios e estados os 30%  restantes.

“Os municípios e estados são diretamente responsáveis pelas políticas públicas. Então, qualquer medida que vem afetar essas áreas da sociedade já fica em desvantagem ao Governo Federal. É algo que precisa ser feito com muita responsabilidade. Vamos fazer transformações? Vamos. Agora, vamos fazer com responsabilidade”, disparou.

Questionada sobre as intenções por trás da proposta, já que a medida foi apresentada por Danilo Forte, que é alinhado com as pautas do presidente Bolsonaro, a governadora afirmou que está mais focada na resolução do impasse, inclusive, citou a participação dos governadores visando buscar solução para a questão, de modo a não desequilibrar financeiramente estados e municípios.

“A gente tem sempre que lembrar que qualquer alteração nessa área afeta municípios, ainda mais em ano importante. No caso do Ceará, em final de gestão. Existe um planejamento pelo PPA, pela LDO. Tudo isso é Lei, compromissos firmados e leis. Vamos ter bom senso, ao invés de atitudes e interesses eleitoreiros de outra natureza. Vamos pensar na população”, afirmou Izolda.

Ela lembrou que já existe uma articulação entre a coordenação do Fórum dos Governadores com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, e com o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira. “Se observarmos bem, quem paga o preço é a população. Que venham medidas sensatas”.