Apesar das limitações, Evandro Leitão tem buscado tomar frente das discussões sobre o reajuste na conta de luz no Ceará. Foto: ALECE.

Apesar das limitações do Legislativo estadual no que diz respeito ao contrato de concessão com a Enel, o presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Evandro Leitão (PDT), tem tomado uma série de iniciativas buscando pressionar a empresa para tentar evitar o reajuste de quase 25% proposto pela concessionária de energia e autorizado pela Aneel.

Além do encontro que teve com o Ministério Público Estadual, ele marcou para esta terça-feira (03), reunião com a Mesa Diretora e Colégio de Líderes para tratar do tema.

Foram convocados para o encontro os deputados membros da Mesa Diretora e do Colégio de Líderes para definir a constituição e composição da Comissão Suprapartidária prometida por Leitão na semana passada, que segundo ele, visa discutir o reajuste de 24,88% na conta de energia e revisão do contrato de concessão da Enel.  A reunião será às 9 horas, no Salão Nobre da Presidência da Assembleia Legislativa.

Desde o anúncio do aumento proposto pela Enel, há duas semanas, parlamentares da Assembleia Legislativa e da bancada cearense na Câmara Federal têm se mobilizado para tentar barrar o reajuste. No entanto, até o momento, não houve qualquer mudança na decisão da empresa. Na manhã desta segunda-feira (02), Evandro Leitão esteve reunido com alguns de seus pares com o procurador-geral do Ministério Público, Manuel Pinheiro.

“Iremos fazer uma revisão desse contrato, firmado em 1998, analisando todas as cláusulas contratuais, no sentido de saber se todas aquelas obrigações ali postas estão sendo cumpridas e respeitadas por parte da Enel. Com isso, a comissão terá uma pauta comum com a que irá atuar aqui no Ministério Público, evitando ações sobrepostas. Juntos queremos dar uma resposta ao povo cearense, pois o número de reclamações é assustador”, afirmou Evandro Leitão.

Segundo ele, somente no Procon Assembleia, neste ano, foram registradas mais de mil reclamações contra a Enel. “Tomamos a decisão de fazer duas ações. A primeira frente foi de nos juntarmos ao Ministério Público Estadual e Federal. Já foi impetrada a ação do Ministério Público e como Poder Legislativo vamos nos associar a essa ação para que possamos, no primeiro momento, barrar esse reajuste”, disse.