As visitas da CPI têm sido feitas a convite das próprias associações de militares. Foto: ALECE.

Os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as associações de militares do Ceará com possível envolvimento com motins realizados no Estado, estão em nova fase dos trabalhos do colegiado e visitaram, na manhã desta terça-feira (17), mais uma dessas instituições.

Diferente das ações frente à Associação dos Profissionais de Segurança (ASP), apontada pelo relator do grupo como envolvida nas paralisações de 2020, a Associação das Praças do Estado do Ceará (Aspra) tem sido elogiada pelos parlamentares.

“Podemos assim diferenciar a associação que tem uma estrutura dessa para seus associados, com recursos próprios, com sede própria, e aquelas em que a gente identifica problemas. E a CPI tem identificado problemas, o que é um desrespeito aos nossos militares. A CPI investiga justamente os recursos das associações e como estão sendo utilizados. Aqui vemos onde está sendo empregado: para os associados, para o lazer e para o conforto dos militares”, avaliou o presidente da CPI, o deputado Salmito Filho.

Após visitarem duas entidades na semana passada, os membros do colegiado visitaram as instalações do Clube de Lazer da Associação das Praças do Estado do Ceará, que fica no município do Eusébio. O espaço de 28 mil metros quadrados, localizado na Estrada do Fio, desde a década de 1980, possui três piscinas, quatro campos de futebol, decks com churrasqueiras, restaurante, parquinho infantil, redário, espaço de massoterapia, 20 chalés para hospedagem e área verde.

“É evidente aqui o lazer que é proporcionado aos policiais e bombeiros. Isso é algo engrandecedor para a entidade. Isso, junto com outros serviços que acompanhamos e estamos analisando – que é o serviço de assessoria jurídica, de psicólogos e informações que recebemos de clubes a serem feitos no interior -, deixa clara a importância desse trabalho para os militares”, defendeu o relator, Elmano de Freitas.

Os membros da CPI já ouviram os presidentes e ex-presidentes das principais associações militares em atividade no Ceará, dentre eles, o vereador de Fortaleza, Sargento Reginauro (UB), que presidiu a APS de 2015 até o início das manifestações de policiais e bombeiros em fevereiro de 2020. O primeiro dirigente da entidade foi o deputado federal Capitão Wagner (UB), pré-candidato a governador do Estado no pleito deste ano.