Soldado Noélio disse que a Enel está “assaltando o bolso do povo cearense”. Foto: ALECE.

Os deputados da Assembleia Legislativa do Ceará continuam discutindo o reajuste de 25% na tarifa de energia, que foi estabelecido pela Enel depois de aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Durante debate na Casa, na manhã desta quarta-feira (18), chamou atenção uma denúncia feita por Soldado Noélio (UB), que disse ter a luz de sua residência cortada ainda que não estivesse em débito com a empresa.

“Essa empresa precisa de um freio grave. Não podemos aceitar que uma empresa desmoralize a Assembleia e o Governo. Ela está assaltando o bolso do povo cearense”, disse Noélio.

“Nesta semana, a Enel foi na minha residência e cortou a luz sem ter um papel atrasado. Fizeram o corte e o cidadão que tem que correr atrás da Justiça. Se tiver um doente em casa, o coitado que se lasque”, apontou.

O testemunho do parlamentar foi feito durante pronunciamento de Delegado Cavalcante (PL), que voltou a reverberar os principais prejuízos dos altos preços da tarifa de energia da Enel para a população.

“Lamento é uma comissão especial, que não tem poder de nada. A CPI teria poder, mas aqui não aceitaram. Participo dessa comissão, vou lutar do mesmo jeito, como se fosse uma CPI. Essa empresa é o cão, que está tratorando todo o Estado”, denunciou Cavalcante.

Ainda de acordo com ele, diariamente existem denúncias de cearenses sobre irregularidades envolvendo a empresa. “Nós abraçamos essa causa de apontar os equívocos da Enel porque nós temos testemunhado o sofrimento da população cearense há muito tempo em razão dos péssimos serviços prestados por ela”, apontou.

Segundo o parlamentar, nos últimos anos, são diversos os registros de reclamações, processos e ações judiciais contra a Enel apresentados por consumidores insatisfeitos. “É uma empresa irresponsável e abominável, que vem tirando o sono de muita gente e que hostiliza o consumidor cearense”, criticou.

Veja trecho do discurso do Soldado Noélio:

O Delegado Cavalcante criticou os serviços prestados pela empresa e lamentou que a Casa Legislativa não tenha constituído uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a distribuidora de energia do Ceará.