O requerimento para depoimento de Clébio foi apresentado pelo deputado Soldado Noélio (UB), crítico dos trabalhos da CPI. Foto: ALECE.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa, que investiga possível envolvimento de associações de militares com o financiamento de motins no Ceará, deve ouvir, na tarde desta terça-feira (26), mais um militar. O sargento Clébio Eliziano Queiroz, presidente da Associação das Praças do Estado do Ceará (ASPRA-CE), é o quinto agente da Segurança Pública a prestar depoimento ao colegiado.

O requerimento para depoimento de Clébio foi apresentado pelo deputado Soldado Noélio (UB), que nas últimas semanas tem criticado o andamento dos trabalhos da Comissão de Inquérito. De acordo com ele, há um objetivo político-eleitoral no grupo, que segundo disse, busca atingir seu líder político, o deputado federal Capitão Wagner (UB), pré-candidato ao Governo do Estado.

Na semana passada, dois militares foram ouvidos na CPI, um deles, o ex-diretor da Associação dos Profissionais da Segurança (APS) do Ceará, Elton Regis do Nascimento, disse ter sofrido ameaças e saiu da Assembleia Legislativa sob escolta e em carro blindado. Ele acusou Noélio, Capitão Wagner e Sargento Reginauro (UB) de formarem uma trindade e atuarem no comando da entidade com interesses políticos.

Reginauro, que é vereador de Fortaleza, também prestou depoimento ao colegiado, e criticou a condução dos trabalhos. Ele foi o segundo presidente da APS, logo após a gestão de Capitão Wagner. O parlamentar deixou o comando da Associação em 2020, segundo informou, logo após o início da paralisação da Polícia Militar.