Evento de filiação aconteceu na sala de reuniões da Presidência da Assembleia Legislativa do Ceará. Foto: Reprodução/Facebook.

O Partido Democrático Trabalhista (PDT) realizou, na manhã desta sexta-feira (01), na Assembleia Legislativa do Ceará, um ato de filiação de novos membros. Durante o evento, o senador Cid Gomes fez duras críticas ao ex-juiz Sérgio Moro, a quem ele atribuiu a desqualificação do Judiciário e da Política. O pedetista também destacou as críticas que o irmão, Ciro Gomes, vem fazendo ao petista Lula, mas salientou que os dois estão unidos no combate a “essa coisa terrível chamada Bolsonaro”.

Sobre o evento, Cid Gomes afirmou que o PDT pretende manter sua bancada de 14 deputados estaduais na Assembleia Legislativa e seis na Câmara Federal. No entanto, ressaltou que, por participar de um grupo político amplo, é preciso respeitar os aliados. “Queremos lançar chapa cheia, mas com qualidade. Dando oportunidade ao povo cearense de escolher nas mais diversas alternativas”. De acordo com ele, o PDT pretende apresentar mais do que exige a legislação eleitoral no que diz respeito ao número de mulheres candidatas. Atualmente, o PDT do Ceará não possui uma parlamentar na Assembleia Legislativa ou Câmara Federal.

Questionado sobre a saída de Sérgio Moro do Podemos para o União Brasil e a possibilidade de desistência da candidatura à Presidência da República, o senador afirmou que o ex-juiz “é um grande oportunista que desqualifica a política por oportunismo e mancha a imagem do Judiciário por oportunismo”. Segundo Cid, Moro não tem lealdade e empatia, já que sequer deu satisfação ao Podemos, partido que acolheu sua pretensa postulação.

Na avaliação de Cid, a saída de Moro da disputa eleitoral beneficia o presidente Jair Bolsonaro, que tentará reeleição. “O Bolsonaro tende a receber os votos do eleitorado do Moro. O Bolsonaro também é um farsante, se diz representante do que ele não tem a menor ideia do que seja. O Bolsonaro é o grande inimigo da nação”.

Oportunismo

Ainda de acordo com ele, as críticas que seu irmão, Ciro Gomes, tem feito ao ex-presidente Lula é “natural”, visto que são adversários políticos em nível nacional. No Ceará, porém, o projeto da base aliada, que segundo lembrou, nasceu em Sobral, “não é de oportunismo, é de muitos anos”. “O Lula e o Ciro combatem, a nível nacional, essa coisa terrível chamada Bolsonaro”.

O senador também se posicionou sobre a posse de Izolda Cela, do PDT, como a primeira mulher governadora da história do Ceará, o que deve acontecer neste sábado (02). De acordo com ele, os oito meses da pedetista à frente do Governo do Estado serão reconhecidos não apenas por ela ser mulher, mas “por ser uma grande gestora”. “Daqui há algumas décadas vou poder dizer aos meus netos que testemunhei a posse da primeira mulher governadora do Ceará. Farei questão de estar presente, desejando a ela sucesso na sequência do trabalho maravilhoso do Camilo. Será um grande desafio para ela”, disse.