Os ex-presidentes da APS, vereador Sargento Reginauro e deputado federal Capitão Wagner, durante a festa de seis anos da instituição. Foto: Reprodução/Facebook.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investiga possível envolvimento de associações de militares com o financiamento de motins envolvendo agentes da segurança pública do Ceará, volta a se reunir na tarde desta terça-feira (19), quando deve ouvir Rêmulo Silva, que foi diretor financeiro da Associação dos Profissionais de Segurança (APS).

Ele é o terceiro membro da entidade a prestar esclarecimentos ao colegiado, que avalia existir indícios de envolvimento de seus integrantes com a paralisação ocorrida em 2020.

O primeiro ouvido pela CPI foi o atual presidente da APS, Cleyber Araújo, que segundo informou o relator da Comissão, Elmano de Freitas, pouco ajudou no momento em que prestou o depoimento.

Em seguida, na terça-feira passada, o vereador Sargento Reginauro (UB), que presidiu a associação até o início do motim de 2020, foi o segundo a ser questionado sobre sua atuação na entidade.

O parlamentar rebateu algumas colocações feitas pela CPI durante a oitiva, e, em seguida, afirmou que iria entrar com ação para tentar evitar que o inquérito tivesse continuidade. Segundo ele, o objetivo da Comissão é meramente político-eleitoral, uma vez que estaria tentando atacar o grupo de oposição política, liderado no Estado pelo deputado federal Capitão Wagner (UB), pretenso candidato ao Governo do Estado.

CPI

Capitão Wagner foi o primeiro presidente da  Associação dos Profissionais da Segurança (APS), em 2013,  após a dissolução da Aprospec. Segundo o portal da entidade, isso ocorreu depois que a diretoria da antiga associação decidiu demitir o corpo jurídico, fechar as portas do prédio para o atendimento dos associados e sem a anuência do diretor presidente.

Além de Wagner, Sargento Reginauro foi presidente da instituição. O deputado estadual Soldado Noélio (UB), membro da “CPI do Motim”, foi vice-presidente da entidade. Atualmente, a APS possui mais de 8 mil associados, 24 advogados (17 Capital / 7 Interior do Ceará), e realiza atendimento psicológico e convênios com diversas empresas no Estado.