Ex-governador de São Paulo, João Dória, e o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Ambos do PSDB. Fotos: Ascom/PSDB.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), oficializou sua renúncia ao comando do Estado na quinta-feira (31) para disputar as eleições de 2022. Contudo, o político gaúcho não informou qual cargo.

”Sigo no caminho do mesmo jeito, do meu jeito, com a verdade, transparência e serenidade. É cedo para dizer o que as próximas semanas me reservam, mas posso garantir que este percurso não será individual, será coletivo, enfrentando resistência e procurando respostas ao desafio que está colocado”, disse.

O governo do Rio Grande do Sul será assumido pelo vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior.

Eduardo Leite concorreu nas prévias para escolher o candidato do PSDB à Presidência da República. Ele foi derrotado pelo governador de São Paulo, João Dória. Com isso abriu diálogo com o PSD, mas anunciou que permaneceria no ninho tucano.

O nome do Leite foi ventilado como possível candidato da chamada “Terceira via”, grupos de partidos de direita que não se alinham nem ao presidente Jair Bolsonaro nem ao grupo que apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O governador paulista, João Dória, chegou a anunciar na quinta-feira (31) que poderia desistir da candidatura à Presidência. Mas recuou e anunciou, à tarde do mesmo dia, a renúncia ao comando do Palácio dos Bandeirantes e a continuidade de sua pré-candidatura à presidência pelo PSDB.

Doria fez o anúncio em uma entrevista coletiva realizada durante o Congresso Estadual de Municípios, que ocorreu no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

Pela Lei de Inelegibilidade, de 1990, ocupantes de cargos públicos que pretendam disputar uma vaga nas eleições deste ano para um cargo distinto do que ocupa precisam deixar a função até seis meses antes do primeiro turno. Portanto, a regra não vale para candidatos que buscam a reeleição. Neste ano, o prazo para deixar o cargo termina sábado (2).

”Quero estar ao lado de vocês a partir do próximo dia 2 para mostrar que é possível sim ter nova alternativa para o Brasil, uma alternativa de paz, de trabalho, de dedicação, de humildade e de integração de todo o Brasil. Vou fazer isso com determinação, longe de ideologia e distante do populismo e condenando a corrupção e o mau trato do dinheiro público”, disse João Doria no discurso, que durou cerca de 40 minutos.

O evento contou com a presença de mais de mil pessoas e teve participação da primeira-dama Bia Doria, do vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, que agora assume o governo paulista e e é pré-candidato do PSDB às próximas eleições ao governo de São Paulo, do prefeito de São Paulo Ricardo Nunes, do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, e de prefeitos do interior paulista, entre outras autoridades. Um vídeo com uma retrospectiva de obras e ações feitas por Doria durante seu mandato foi exibido durante o evento, que foi transmitido ao vivo pelas redes sociais do governo.

Vale ressaltar que ex-juiz Sergio Moro, que também disputaria a presidência pelo Podemos, anunciou sua desistência e filiação ao União Brasil (junção do DEM com o PSL).

Fonte: Agência Brasil.