Para Sérgio Aguiar, a discussão sobre o nome deve ser feita pelo PDT, partido da base que indicará o candidato ao Governo do Estado. Foto: ALECE.

O deputado Sérgio Aguiar (PDT) afirmou ao Blog do Edison Silva que é a sigla pedetista quem deve escolher o nome que irá representar a base aliada na disputa ao Governo do Estado nas eleições deste ano. O parlamentar disse não ver incômodo algumas imposições feitas por aliados, em especial dos petistas, mas destacou que cada um dos grêmios deve olhar “para o próprio umbigo”.

O parlamentar lembrou que em 2014, durante as discussões eleitorais daquele ano, o grupo governista, liderado pelo então governador Cid Gomes, resolveu indicar o petista Camilo Santana para a disputa, e ainda que Cid tenha passado quatro anos sem mandato eletivo, não houve qualquer imposição sobre os nomes nas disputas.

“Pagamos o preço. Nossa maior liderança passou quatro anos sem mandato, e nem por isso cometemos qualquer imposição aos aliados. Acredito que os partidos devem discutir internamente, e na hora certa, os dirigentes devem opinar, porque fazemos parte de uma aliança. Mas o PDT, dentro de sua economia doméstica, é quem está mais à vontade para fazer a indicação. Incômodo não há, mas é claro, que cada um olhando para o seu próprio umbigo”, apontou.

Aguiar fez um paralelo com a situação da escolha do nome que deve disputar a candidatura de vice-governador. Segundo ele, caso seja questionado sobre quem deve ser o escolhido, não deve emitir opinião, visto que algumas legendas aliadas, dentre as quais o PT, PSD e PP, estariam concorrendo a vaga na chapa majoritária. “Não sei se vai ser escolhido alguém de um desses partidos, não vou emitir opinião. E imagino que dessa forma deveria ser cada um dentro de seu partido”, defendeu.

Ainda segundo disse, dos quatro nomes colocados apenas dois têm se fortalecido nas últimas semanas, no caso do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, e da governadora Izolda Cela. Conforme destacou, cada um dos pré-candidatos pedetistas tem predicados que devem ser levados em consideração. No entanto, ele defende que o importante é a manutenção do projeto político em andamento e a unidade da base governista.

Não acho que a motivação da população seja dar um cavalo de pau e mudar o rumo para uma experiência que ainda não se viu se pode dar certo. Não é o momento para grandes mudanças. Devemos fortalecer e melhorar a vida do povo cearense”, defendeu.

Base

O parlamentar lembrou que está pacificado, dentro da base governista, o nome do ex-governador Camilo Santana (PT) como pretenso candidato único da base aliada ao Senado e a cabeça de chapa na disputa majoritária para o PDT. “Agora é hora de fazer a política social para termos novas oportunidades de trabalho, fortalecimento do desenvolvimento econômico. É isso o que devemos fazer”.

Conforme informou ao Blog do Edison Silva, a definição do nome se dará somente nas proximidades do limite para realização das convenções partidárias, na segunda quinzena de julho. “Muita água vai passar por debaixo da ponte. A Constituição prevê que há possibilidade de reeleição, com isso a governadora Izolda está apta para concorrer. Por isso nos meandros da política se tem essa ventilação da possibilidade de concorrer à reeleição. Vamos esperar”, defendeu.