Sob comando de Capitão Wagner, União Brasil atrai nomes do PSL, DEM, PSDB e PROS. Foto: Miguel Martins.

O deputado federal Capitão Wagner confirmou, na manhã desta quarta-feira (16), o ingresso no União Brasil, partido que ele passa a comandar no Ceará e pelo qual vai disputar a sucessão ao Governo do Estado. Em entrevista coletiva na Assembleia Legislativa, o parlamentar afirmou que está dialogando com outras legendas, e que essas alianças poderão refletir em palanques múltiplos para pretensos candidatos à Presidência da República.

Além do União Brasil, Wagner afirmou que conversas estão avançadas com Podemos, Avante, PSC, PTB e PROS. Outros partidos que estariam no radar do postulante são o PL, MDB e PP. Em pelo menos três dessas legendas há a intenção de se apresentar, também, candidaturas ao Governo do Estado. Podemos e PL, por sua vez, são partidos que apresentam duas pré-candidaturas a presidente da República, a do ex-ministro Sérgio Moro e do atual presidente Jair Bolsonaro.

“O foco será o Governo do Estado, estamos preocupados com a situação social do Ceará. Não vamos fazer restrição ao MDB, mesmo sabendo que o presidente estadual já declarou apoio ao Lula. Temos o Podemos, que tem a pré-candidatura do ex-juiz Sérgio Moro, e temos conversa avançada com o PL, que abriga o presidente, que deve lançar candidatura dele. Todo e qualquer grupo que queira renovar a política cearense, que busque um Ceará sem medo, é o que a gente está procurando”, frisou o dirigente.

Em suas falas, Wagner afirmou ter amadurecido ao longo das últimas disputas eleitorais em que foi postulante, ressaltando que a grande demanda do Estado é a da oportunidade. Segundo ele, em eleições passadas, suas atitudes eram mais reativas, diferente do momento atual. “Hoje não respondo mais como fazia lá atrás. Me encontro maduro para entender que a população quer solução para seus problemas”, disse.

Acompanharam a coletiva de imprensa: o deputado federal Heitor Freire, os deputados estaduais Heitor Férrer (SD), Fernanda Pessoa (PSDB), Tony Brito (PROS) e o vereador de Fortaleza, Sargento Reginauro (PROS). Todos são pré-candidatos no pleito deste ano e ingressarão no União Brasil. Além desses, também ingressarão na legenda: deputado estadual Soldado Noélio (PROS), deputado estadual João Jaime (DEM), deputado federal Danilo Forte (PSDB), ex-prefeito de Maracanaú, Firmo Camurça (PSDB); ex-prefeito de Barbalha, Argemiro Sampaio (PSDB); Vaidon Oliveira (PROS), Ivo Lucena, filho de Gaudêncio Lucena, dentre outros.

Chapa completa

Segundo Capitão Wagner, outros nomes do PSDB e MDB devem ingressar na legenda. Ele afirmou, ainda, que, no momento, a chapa de pretensos candidatos do União Brasil a deputado federal possui 28 nomes, enquanto que a de deputado estadual conta com 55 pretensos candidatos. O dirigente afirmou que diante desse quadro, vai oferecer algumas dessas postulações a legendas aliadas.

Ainda de acordo com ele, a conjuntura majoritária vai depender do arco de alianças que deverá ser constituído até a data para as convenções partidárias. O dirigente afirmou que, diferente de outros pleitos, só apresentará a chapa completa na data-limite determinada pela legislação eleitoral.

Wagner disse, também, que, assim como o grupo governista só apresentou, até o momento, o nome de Camilo Santana ao Senado, a oposição só tem definição da cabeça de chapa ao Governo do Estado. Apesar de não ter apresentado quadros para as postulações ao Senado e a vice-governador, ele mencionou alguns nomes como os do empresário de Juazeiro do Norte, Gilmar Bender, do empresário Gaudêncio Lucena e do empresário e ex-deputado federal, Luizinho Girão.

Derrota

“O foco, neste momento, é o União Brasil até o dia 2 de abril. E a partir daí, a construção da aliança da chapa majoritária. Não há definição de vice ou de senador, somente a nossa pré-candidatura na cabeça de chapa. Diferentemente dos outros anos, vamos deixar a convenção para o último momento”, afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de ter sido prejudicado no pleito de 2020, na disputa à Prefeitura de Fortaleza, por ter se atrelado ao presidente Jair Bolsonaro, Capitão Wagner afirmou que atribui o resultado daquele pleito a si e sua equipe. O parlamentar afirmou que saiu fortalecido da disputa, o que lhe garantiu disputar o pleito deste ano. “Jamais vou responsabilizar outros por uma derrota do nosso projeto”, respondeu.

Veja fala do Capitão Wagner: