Camioneta blindada do deputado André Fernandes (PL/CE) com marcas de bala. Foto: Instagram/André Fernandes.

O presidente Jair Bolsonaro, segundo ele próprio anunciou, tem uma visita programada ao município cearense de Quixadá, na semana que começa neste domingo (20), antes de completar dois meses após ter participado de uma inauguração de parte da obra de Transposição de Águas do Rio São Francisco para o Ceará, em fevereiro passado, quando, na véspera, o deputado estadual André Fernandes (PL) denunciou ter sofrido uma emboscada.

Ele disse que viajava, por terra, para participar, na manhã seguinte, 8 de fevereiro, do evento com a presença do presidente Jair Bolsonaro, na região do Cariri, quando sofreu a emboscada próximo ao município de Solonópole, registrando um Boletim de Ocorrência (BO) do ocorrido na Delegacia de Polícia Civil de Iguatu. Ele também publicou foto do carro em que viajava com marcas de perfuração à bala.

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No dia seguinte, 8 de fevereiro, houve um movimento de apoio ao parlamentar, inclusive liderado pelo presidente da Assembleia, Evandro Leitão (PDT), cobrando esclarecimentos rápidos do fato.

O parlamentar chegou a publicar em suas redes sociais que estava acompanhando do assessor, e que ele, bem como sua família, estão assustados e receosos com a violência contra sua integridade. Na postagem, Fernandes faz uma indagação: “A quem interessa a minha morte?”, e mostra as ligações não sucedidas, feita ao número 190 – contato de emergência policial –  ele ressalta: ”O Governador continua negando o meu direito de ter seguranças, mesmo com as inúmeras ameaças que venho recebendo”.

Agora, passados mais de 30 dias do ocorrido, não se fala mais do assunto. E algumas dúvidas ficaram no ar: houve ou não o atentado ao deputado? Tudo vai ficar como se nada tivesse ocorrido? A sociedade ficará sem respostas diante do fato?