O estopim do movimento paredista de 2020 foi o confronto entre militares e o senador Cid Gomes em Sobral. Foto: Reprodução/Instagram.

O primeiro depoente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Ceará, que investiga as Associações de Militares do Estado, o presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), policial Cleyber Barbosa Araújo, faltou à oitiva nesta terça-feira (29), e alegou problemas de saúde, apresentando um atestado médico.

Uma nova audiência foi marcada para a próxima semana, dia 5 de abril, a partir das 9 horas.

Durante reunião do colegiado foi aprovado requerimento do deputado Soldado Noélio (UB), convidando o vereador de Fortaleza e ex-presidente da APS, Sargento Reginauro (UB), para prestar informações à CPI sobre sua participação nas manifestações de policiais militares em 2020. O depoimento do parlamentar está marcado para o dia 6 de abril, a partir das 14h30.

Participaram da reunião os deputados: Salmito Filho (PDT), Elmano Freitas (PT), Augusta Brito (PCdoB), Queiroz Filho (PDT), Marcos Sobreira (PDT), Romeu Aldigueri (PDT) e Soldado Noélio.

De acordo com a Comissão, existem informações apontando indícios de que recursos das associações foram, de forma incorreta, usados pelas entidades como financiamento dos motins realizados em 2020.

Na ocasião, além de militares, alguns políticos ligados às categorias também participaram das manifestações que resultaram em aumento da violência no Estado.

O estopim do movimento paredista ocorreu no município de Sobral, quando militares foram vistos ordenando que comerciantes fechassem seus estabelecimentos.

Em seguida, alguns desses agentes de segurança entraram em confronto com o senador Cid Gomes (PDT), inclusive, atingindo o líder político com tiros de arma de fogo, quando ele tentava desbloquear barreira humana formada em frente ao quartel onde estavam os amotinados.

Veja trecho da curta sessão da CPI: